O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi condenado a pagar R$ 25 mil para o senador Omar Aziz (PSD-AM) por tê-lo associado à pedofilia em publicação feita nas redes sociais.
A decisão foi tomada na quinta-feira (28) pela juíza Maria do Perpétuo Socorro, da 15ª Vara do Juizado Especial Cível de Manaus.
Eduardo Bolsonaro também terá que se retratar publicamente até 24h depois da publicação da decisão, sob multa de R$ 1 mil para cada dia de descumprimento. Eduardo deverá apresentar recursos contra a decisão.
A Justiça já tinha decidido que o filho de Bolsonaro deveria apagar a publicação do Facebook, Twitter e Instagram.
Em agosto de 2021, Omar Aziz tinha denunciado as reuniões da família Bolsonaro com a nazista alemã Beatrix von Storch, neta do ministro das Finanças de Hitler, Ludwig Schwerin von Krosigk.
Para defender seus encontros com a deputada que propaga ideias nazistas, xenofóbicas e extremistas, Eduardo Bolsonaro chamou Omar Aziz de pedófilo.
“Pelo raciocínio de Omar Aziz, se a deputada alemã Beatrix von Storch é nazista por conta de seu avô, então os netos de Omar seriam pedófilos”, publicou Eduardo.
A publicação de Eduardo também tinha um vídeo em que Aziz criticava os encontros da família Bolsonaro com Beatrix.
DECORO
Na quarta-feira (27), o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu processo contra Eduardo Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar em diversas ocasiões.
Eduardo Bolsonaro foi denunciado por ter feito publicações incentivando a população a não usar máscara de proteção durante a pandemia de Covid-19 e por falas agredindo deputadas.
O filho de Bolsonaro chamou as deputadas Fernanda Melchionna (PSol-RS) e Maria do Rosário (PT-RS) de “gaiola das loucas” e disse que as agressões feitas por Éder Mauro eram “verdades” que as levaram à loucura.
Numa reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Éder Mauro falou “graças a Deus” quando a conexão da deputada Fernanda Melchionna caiu. O bolsonarista também chamou a deputada Maria do Rosário (PT-RS) de “Maria do barraco”.
A ex-presidente da CCJ, Bia Kicis, apoiou Éder durante a reunião.
Também recentemente Eduardo Bolsonaro, chamado de ‘Dudu Bananinha’ pelo vice-presidente Hamilton Mourão, foi acionado no Conselho de Ética pela Rede, PCdoB e PSOL por fazer apologia à tortura contra a jornalista Miriam Leitão.
No domingo (3 de abril), Eduardo publicou nas redes sociais a imagem da última coluna da jornalista e escreveu: “Ainda com pena da [emoji de cobra]”. Miriam estava grávida quando foi presa e torturada por agentes do governo durante a ditadura. Em uma das sessões, ela foi deixada nua numa sala escura com uma cobra.