Entidades de jornalistas de todo o Brasil se somaram à campanha mundial e lançaram um manifesto em defesa da libertação de Julian Assange, fundador do WikiLeaks e trancafiado na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres, na Inglaterra, por ter publicado informações sobre os crimes cometidos pelos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque.
Recolhido num presídio de segurança máxima na Inglaterra desde 2019 – após ter permanecido refugiado dentro da embaixada do Equador em Londres, o jornalista investigativo está ameaçado de extradição para os Estados Unidos “onde poderá ser condenado à prisão perpétua e sentenciado à pena de morte”. Seu crime é bem conhecido, alerta o manifesto, ter revelado segredos das máquinas de guerra do império estadunidense e aliados próximos, e comprovado “denúncias de execução e tortura de prisioneiros e de jornalistas.
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Prisão e ameaça de extradição de Assange são agressões à liberdade de imprensa em todo o mundo
Neste 3 de maio de 2022, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, jornalistas de todo o mundo cumprem o dever de prestar homenagem a Julian Assange.
Por sua luta, determinação e exemplo, Assange contribuiu de modo decisivo para o avanço do conhecimento e da proteção do direito à informação em todo o planeta.
Recolhido num presídio de segurança máxima na Inglaterra e ameaçado de extradição para os Estados Unidos – onde poderá ser condenado à prisão perpétua e sentenciado à pena de morte –, seu “crime” é bem conhecido. Revelou segredos das máquinas de guerra das grandes potências, em particular do império estadunidense e aliados próximos.
Denunciou mentiras, desmascarou falsos heróis, desvendou tratativas escusas entre governos. Comprovou denúncias de execução e tortura de prisioneiros e de jornalistas.
Num exemplo de rigor profissional, suas revelações sempre foram acompanhadas por farta documentação e por fotos e vídeos cuja veracidade jamais foi contestada.
Este é o drama com a liberdade de informação neste 3 de maio de 2022. Assange é perseguido – e pode perder a vida – porque ousou dizer a verdade. Não falsificou os fatos, não omitiu, não distorceu, não mentiu nem enganou. Apenas cumpriu o dever de apurar a dura realidade deste nosso século XXI. Também não lhe faltou coragem para reportar o que descobriu.
Pelas responsabilidades que assumiu, pelos riscos que enfrentou, a permanência de Assange na prisão representará um passo na criação de um estado de exceção em escala mundial, compatível com uma nova desordem internacional já à vista no horizonte, que ameaça a liberdade de homens e mulheres e a autodeterminação dos povos.
Em nome de seu direito à liberdade – e também pela preservação de conquistas que interessam a toda a humanidade – só há uma medida correta a tomar: libertar Julian Assange já.
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