
O governo de Jair Bolsonaro decretou sigilo de 5 anos sobre as informações acerca dos funcionários contratados para o escritório da Presidência no Rio de Janeiro.
O escritório foi inaugurado em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, e já custou R$ 1,7 milhão aos cofres públicos, mas nunca foi utilizado.
O jornal O Globo esteve no local, que fica nas dependências de um prédio do Ministério da Economia, duas vezes e não encontrou nenhum funcionário. No papel, existem quatro pessoas contratadas para cuidar do escritório de Bolsonaro.
O jornal perguntou, através da Lei de Acesso à Informação (LAI), se esses quatro servidores públicos têm crachá da Presidência da República, mas o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) informou que os dados eram sigilosos.
“Os nominados no presente pedido de informação constam no banco de dados como servidores da Presidência da República e os ativos do banco de dados dos servidores públicos, terceirizados, prestadores de serviço, estagiários, profissionais de imprensa e colaboradores voluntários, que exercem suas funções no Palácio do Planalto, estão classificados com o grau de sigilo RESERVADO”, respondeu o GSI.
O jornal ainda pediu ao Ministério da Economia a relação de acessos dos quatro servidores ao prédio. O Ministério respondeu que não possui tal informação.
Segundo a Secretaria-Geral do Planalto, Jair Bolsonaro não esteve no escritório em nenhuma das nove viagens oficiais que realizou ao Rio de Janeiro desde que foi eleito.