O governo divulgou na terça-feira (22) o relatório de avaliação de receitas e despesas primárias do 2º bimestre, no qual aponta uma estimativa de crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, contra a previsão anterior de 2,97%, o que representa uma variação de -15,7%.
Na verdade, indicadores oficiais já tinham registrado que a economia continua no fundo do poço, desmoralizando a farsa da “recuperação” propalada por Temer e alguns desavisados. Na semana passada, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), chamado de “prévia do PIB”, indicou retração de 0,13% no primeiro trimestre, em relação aos últimos três meses do ano passado.
No início de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial encerrou o primeiro trimestre estagnada, com variação zero na comparação com o trimestre imediatamente anterior. Em março, ante fevereiro, a atividade industrial caiu 0,1%, na série com ajuste sazonal.
O próprio Ministério do Planejamento constata que “A desaceleração recente decorre do menor dinamismo da massa salarial e, principalmente, do arrefecimento do impacto dos resgates das contas inativas do FGTS”.
No último boletim Focus, com pesquisa semanal do Banco Central com mais de cem instituições financeiras, a estimativa para o PIB foi revisada de 2,71% para 2,51%.