“Sabemos que os Estados Unidos entregaram 1.421 caminhões, com equipamentos militares e armas, entre 5 de junho e 15 de setembro deste ano a terroristas na Síria. As armas eram supostamente destinadas a combater terroristas, mas, eventualmente, foram parar nas mãos de militantes do Estado Islâmico e Jabhat al-Nusra”, denunciou o chefe operacional do exército sírio, general Ali Al Ali, na segunda-feira (9) durante coletiva de imprensa sobre uma apreensão de armas.
Os próprios norte-americanos já se reuniram e afirmaram de público seu apoio em armas, dinheiro e treinamento a bandos terroristas para derrubar o governo sírio de qualquer jeito, mas as acusações do general mostram o governo norte-americano cúmplice de fanáticos ensandecidos, uns cortadores de cabeças e outros comedores de fígado humano, que pegaria muito mal a eles admitir apoio.
De acordo com o general, o fornecimento de armas norte-americanas a estes degenerados é agora organizado por meio do programa de ‘assistência do Pentágono a aliados’, sob a prerrogativa do apoio à “oposição moderada”. No mesmo sentindo, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Oleg Syromolotov, responsável pela coordenação antiterrorista, afirmou que apesar das medidas tomadas pela ONU, as armas, equipamentos militares, munição e cobertura política continua beneficiando os terroristas instalados na Síria.
A operação de apreensão recolheu armas estadunidenses, francesas e belgas durante uma tentativa de ataque a uma instalação da polícia militar russa no dia 18 de setembro. O militar sírio, Walid Khali, explicou que as armas foram apreendidas há algumas semanas e “foram entregues a terroristas ilegalmente pelo exterior”.
“Existem mais de 100 itens de armas pequenas e lançadores de granadas feitos nos Estados Unidos, Bélgica e França”, afirmou.
O apoio dos EUA aos terroristas busca reforçá-los em sua guerra contra as Forças Armadas da Síria. “Os Estados Unidos protegem Estado Islâmico em diversas regiões da Síria e dificultam, utilizando suas aeronaves, o exército sírio de acabar com os terroristas”, disse Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah. De acordo com Nasrallah, o Estado Islâmico tem controle relativamente pequeno na Síria, em regiões próximas às fronteiras com o Iraque.
A coalizão liderada pelos EUA possui pouco mais de 70 membros realizando ataques aéreos ou terrestres utilizando artilharia, sem coordenação ou permissão de Damasco. Funcionários militares e diplomáticos russos já notaram repetidamente que o lado dos EUA, que declarou seu objetivo de eliminar Daesh e derrotar os terroristas na Síria, provou o contrário com suas ações.
GABRIEL CRUZ