Taxistas e motoboys de São Paulo estudam aderir ao movimento
A paralisação dos caminhoneiros pela redução do valor do diesel ganha cada vez mais apoio da população. Diversas categorias de trabalhadores do transporte manifestaram apoio aos manifestantes.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro condutores de Vans escolares realizaram pelo terceiro dia carreatas pelas vias da cidade contra o preço abusivo dos combustíveis. De acordo com os motoristas,
Os condutores de vans escolares na cidade de São Paulo mantêm protesto na manhã desta sexta-feira contra os aumentos dos preços dos combustíveis. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os manifestantes se concentraram em cinco diferentes pontos da cidade: avenida senador Teotônio Vilela (zona sul), estrada do M’Boi Mirim (zona sul), rua Raimundo Pereira de Magalhães (zona norte), estrada de Itapecerica (zona sul) e rua Inajar de Souza (zona norte). Eles seguiram em carreata em direção ao centro da cidade.
RIO
Motoristas do transporte alternativo de São Gonçalo e Itaboraí, região metropolitana do Rio de Janeiro, paralisaram as atividades nesta quinta-feira (24), em apoio à greve dos caminhoneiros. Um grande número de vans seguiu em carreata até Niterói, no município vizinho.
Na manhã da quinta, motoristas de aplicativos de transporte particular também demonstraram apoio ao movimento dos caminhoneiros. Um grupo se reuniu na Ilha do Governador, zona norte da capital fluminense, e seguiu em direção à Reduc (Refinaria de Duque de Caxias), na Baixada Fluminense.
O grupo levou mantimentos, cobertores e água aos caminhoneiros que estão na parados na Reduc.
Uma carreata de taxistas fechou parte da linha Amarela, que liga bairros das zonas norte e oeste, na noite desta quinta-feira (24). Manifestantes ocuparam a pista sentido Fundão e houve registro de tumulto na via expressa, na altura do pedágio.
PARANÁ
No Paraná, dezenas de motoristas de vans e micro-ônibus realizaram uma carreata pela Avenida Brasil em Cascavel na quinta-feira. Eles se concentraram em frente à Prefeitura e seguiram pela avenida até o Trevo Cataratas, onde se juntaram aos caminhoneiros, que realizam protestos no local desde segunda-feira (21). De acordo com o grupo, a carreata foi realizada em apoio ao movimento dos caminhoneiros, que, dentre as principais reivindicações, reclamam das altas consecutivas no preço dos combustíveis.
O grupo ainda fez a entrega de água e alimentos aos caminhoneiros.
MATO GROSSO
Motoristas de transporte por aplicativo também realizaram uma manifestação na quinta-feira (24) em apoio à greve dos caminhoneiros, em Cuiabá. Os manifestantes fizeram uma carreata entre o aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana, e o Centro Político Administrativo da capital. De acordo com motorista César Danilo do Amaral, eles estão apoiando o movimento porque todos os setores sofrem com a alta dos combustíveis. “O protesto é válido, pois todos os setores sofrem com isso. Gostaria que outras categorias aderissem a greve também, devemos nos unir e lutar juntos”, disse.
BUZINAÇO
Em Araucária, no Paraná, motoristas de vans promoveram um buzinaço em apoio à paralisação dos caminhoneiros, tratoristas e demais categorias.
Segundo o Sindifretan – Sindicato de Fretamento e Transporte de Araucária, que organizou o movimento, a categoria está solidária aos grevistas porque a alta de combustíveis afeta diretamente o transporte escolar. “Neste momento não podemos repassar este aumento nas mensalidades, pois corremos o risco de perder muitos clientes”, destacou o sindicato.
Outras categorias de motoristas também estão se manifestando, como a dos caminhões betoneiras, que fizeram buzinaço pelas principais ruas da cidade, levando à frente a Bandeira do Brasil.
ADESÕES
Gilberto Almeida Santos, presidente do Sindimoto-SP, afirmou que os motoboys pretendem aderir ao movimento e uma reunião está prevista para sexta-feira (25). “O aumento dos combustíveis é uma mordida que atinge o bolso de todos trabalhadores, inclusive nós motoboys. A nossa categoria recebeu um reajuste de 2%, enquanto a gasolina subiu 50%”, disse Gilberto.
O sindicato dos taxistas em São Paulo é outra associação que, na sexta, decidirá se adere à greve. Para Natalício Bezerra Silva, os motoristas também sofrem com a alta dos preços e querem se unir para pressionar o governo. “Nós nos espelhamos em outras categorias, e devemos nos juntar aos caminhoneiros e, agora, aos motoboys ”, disse.