Farsa mostra que ele só pensa em se reeleger e mais nada. Não tem compromisso nenhum com o país. Depois, de novo, ele dá uma banana e manda o povo trocar feijão por fuzil
Após a divulgação da inflação de maio (IPCA), que acumula alta de 11,73% em 12 meses, Bolsonaro, que durante seu desgoverno fez a inflação retornar ao patamar de dois dígitos, resolveu, de novo, tirar o corpo fora. Tentou envolver empresários e os donos de supermercados numa farsa.
Mostrando que ele só pensa em seu umbigo e não se preocupa nem um pouco com os problemas do país e do povo, Bolsonaro tentou convencer os empresários do setor de supermercados a segurar os preços até a eleição.
Depois da eleição, ele manda a população trocar feijão por fuzil ou rezar, como já fez no atual estelionato eleitoral.
Bolsonaro e Paulo Guedes, ministro da Economia, participaram por videoconferência em evento promovido pela Associação Brasileira dos Supermercados, na quinta-feira (9).
Na conferência, Guedes, que no mês passado disse que “já saímos do inferno da inflação”, pediu ao setor para “apertar o cinto”. Só não disse que o piloto sumiu, mas todo mundo sabe que o “piloto” só vive passeando e não governa.
De acordo com o IPCA, os preços de produtos da cesta básica tiveram alta de até 65%, como o tradicional café do brasileiro.
Mas Bolsonaro prefere estrangular os Estados e muncípios tirando os recursos dos mais vulneráveis, a pretexto de combater a inflação, há quatro meses das eleições, a enfrentar a fome que assola o país e atinge 33 milhões de brasileiros.
“Vamos parar de aumentar os preços aí dois, três meses. Nós estamos numa hora decisiva para o Brasil”, disse Guedes aos empresários, confessando que o objetivo real do governo é só tentar evitar a derrota fragorosa nas eleições.
Não se fala nada de recuperar os estoques reguladores, importante mecanismo de estabilização de preços e de garantia da segurança alimentar, particularmente à população de baixa renda, que Guedes e Bolsonaro destruíram, vendendo até os galpões públicos onde eram armazenados os produtos.
Na contramão do mundo, ao invés de garantir a segurança alimentar dos seus cidadãos, particularmente na pandemia, estimulou a exportação de alimentos, dolarizando os preços no mercado interno e tirando da mesa do brasileiro o feijão com arroz.
Enquanto aumentava a exportação de carne, o consumo no Brasil foi o menor em 25 anos, restando aos brasileiros ossinhos e pelancas.
Segundo o Dieese, em maio o trabalhador brasileiro precisou comprometer 69,39% do salário mínimo para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês.
Na capital paulisa o custo da cesta básica já atinge R$ 777,93, seguida por Florianópolis (R$ 772,07), Porto Alegre (R$ 768,76) e Rio de Janeiro (R$ 723,55). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 548,38) e João Pessoa (R$ 567,67).
No seu quarto ano de desgoverno, Bolsonaro não fez nada para controlar os preços dos alimentos, assim como dos combustíveis, que dispararam. Ao contrário, lavou as mãos. Culpou os governadores, o ICMS, fez cena, trocou presidentes da Petrobrás, só não mudou a política que atrela os preços no Brasil ao dólar.
E não só, durante seu governo deixou sem reajuste real de salários os médicos, enfermeiros, professores, policiais… os servidores públicos. A renda do trabalho vem em queda com a precarização da mão de obra.