“Tudo está caro e o que pedimos é reposição de salário”, afirmam motoristas de SP em greve

Paralisação iniciou no início da madrugada desta terça-feira. Foto: Reprodução/G1

Os motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo iniciaram, na madrugada desta terça-feira (14), uma paralisação de 24 horas após reunião de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo (SindMotoristas) e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) terminar sem acordo. A paralisação está prevista para seguir até a meia noite de quarta-feira (15).

O movimento conta com uma grande adesão da categoria e, segundo a Prefeitura de São Paulo, todos os ônibus do chamado sistema estrutural estão parados desde as 4 horas. São 6.469 ônibus, de 713 linhas, pertencentes a 13 empresas, que ligam principalmente as periferias da cidade aos grandes terminais. O rodízio de veículos está suspenso nesta terça.

Entre os terminais paralisados estão: o Bandeira, no centro da capital; Cachoeirinha, na Zona Norte e Grajaú, na Zona Sul.

Os motoristas e cobradores paralisam por garantia de melhores condições de trabalho. Com data-base em 1º de maio, os trabalhadores reivindicam a reposição salarial de 12,47%, referente ao índice do INPC/IBGE, 100% das horas extras, fim da hora de almoço não remunerada e pagamento PLR (participação nos lucros e resultados), mas não houve acordo com as empresas.

“A princípio o setor patronal insistiu em oferecer apenas 10% de reajuste e ainda de modo parcelado. Agora, ofereceram os 12,47%, mas apenas a partir de outubro, o que é inadmissível”, declarou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.

Os trabalhadores lembram que as perdas salariais e a elevação do custo de vida têm minado o poder de compra da categoria. “Nós fizemos de tudo para não chegar a esse ponto, porque sabemos o transtorno que é para todo mundo, para a população. Mas pedimos que os empresários compreendam a situação da categoria, não dá para continuar nessa situação. Eles reclamam do custo do óleo diesel, mas nós, os trabalhadores, também temos nossas contas. Subiu o preço do arroz, do feijão, da carne, do gás, do aluguel e nós não estamos conseguindo pagar nossas contas mesmo trabalhando. Estamos pedindo o que é nosso por direito”, diz o sindicato em vídeo divulgado pelas redes sociais.

Entre as empresas com atividade paralisada pela categoria estão a Santa Brígida (zona norte), Gato Preto (zona norte e Oeste), Sambaíba (zona norte), Express (zona leste), Viação Metrópole (zona leste e sul), Ambiental (zona leste), Via Sudeste (zona sudeste), Campo Belo (zona sul), Viação Grajaú (zona sul), Gatusa (zona sul), KBPX (zona sul), MobiBrasil (zona sul), Transppass (zona oeste).

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