
Paralisação deixou vazios os terminais de ônibus da capital. População vê luta como justa por causa da inflação
Com a forte adesão dos motoristas à greve dos transportes de São Paulo, o sindicato que representa os motoristas e cobradores de ônibus da capital obteve um acordo com os empresários do setor. A categoria conquistou um aumento salarial de 12,47% retroativo a maio.

Todos os ônibus do chamado sistema estrutural pararam por conta da greve. A greve afetou 713 linhas e 6,5 mil ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros no pico da manhã. Após uma reunião conciliatória entre a SPUrbanuss, entidade que representa o setor patronal, e o SindMotoristas, representantes dos trabalhadores, promovido pela Prefeitura da capital, houve um acordo para o pagamento do aumento salarial de 12,47% retroativos ao mês de maio.
O aumento foi aceito e a greve foi encerrada, segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB). A greve levou a Prefeitura da capital a liberar a verba para o subsídio e os empresários aceitaram a reivindicação da categoria para que o aumento retroativo de 12,47% comece em maio e não em outubro, como proposto pelas empresas.

De acordo com o presidente da entidade, Valmir Santana da Paz, o acordo se deu antes mesmo do julgamento do dissídio pelo TRT, marcado para amanhã, dia 15. Nesta terça, o setor patronal convocou o sindicato para uma reunião, e aceitou a principal reivindicação da categoria no que tange o reajuste salarial de 12,47%, retroativo a 1º de maio, que também deverá ser aplicado no ticket-refeição.
“Os trabalhadores mostraram sua determinação e força junto ao sindicato. Com o reajuste garantido, debateremos outras questões que ainda estão pendentes como o fim do horário de almoço não remunerado, PLR e o pagamento de 100% das horas extras. Tais assuntos deverão ser debatidos em até 5 dias úteis”, informou o presidente.
Depois, em nota, a Prefeitura de São Paulo, por meio da SPTrans, confirmou que a paralisação de linhas de ônibus municipais foi encerrada às 15h20. “O atendimento nas 713 linhas paralisadas está sendo retomado de forma gradativa e deverá se normalizar até o fim do dia. A SPTrans monitora o retorno da frota da cidade para minimizar os impactos na população”, diz o texto.
Antes, houve um impasse entre a categoria e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) que havia negado o pedido do sindicato. O impasse levou à greve.
se a classe trabalhadora sente no bolso os efeitos da inflação corroendo seu poder de compra, os empresários também sentem no bolso os efeitos da greve que ferem de morte seus lucros bilionários. o Povo deve entender que sem sua força de trabalho, as máquinas e meios de produção não servem para nada, parabéns trabalhadores!!!!