Em maio, quando o IPCA no acumulado de doze meses foi de 11,73%, os preços do café (67,1%), açúcar cristal (+31,46%), óleo de soja (+31,25%), Leite longa vida (+29,28%), margarina (+23,96%), banana prata (+23,60%), feijão carioca (+19,03%) dispararam
Com base nos preços praticados em maio, a inflação dos alimentos da cesta básica já acumula alta de 26,75% em 12 meses. A carestia se torna o principal elemento de aumento da fome e da pobreza no Brasil, causa das chocantes cenas de pessoas revirando o lixo para procurar comida.
A análise dos preços da cesta básica foi divulgada pelo Departamento de Economia da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná) com base nos dados de inflação de 13 alimentos básicos que fazem parte do IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o estudo, após avanços mensais da ordem de 5% (o preço dos alimentos da cesta subiu 5,27% em março e 5,55% em abril), houve uma retração de 0,71% em maio, que não aliviou em nada o impacto no bolso das famílias brasileiras.
“A desaceleração dos preços é uma boa notícia, mas a cesta básica permanece acima de 25% em 12 meses, com alta de quase 27%. É mais do que o dobro do IPCA. Os preços seguem pressionados”, afirma o economista Jackson Bittencourt, coordenador do curso de economia da PUCPR.
De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação geral do país é de 11,73% em 12 meses até maio.
CAFÉ SOBE 67% E TOMATE 56%
Nos últimos 12 meses, o café moído ficou 67,01% mais caro, enquanto o tomate subiu 55,62% e a batata 54,30%.
Outros aumentos absurdos de produtos que fazem parte da cesta básica vieram do açúcar cristal (+31,46%), óleo de soja (+31,25%), Leite longa vida (+29,28%), margarina (+23,96%), banana prata (+23,60%) e feijão-carioca (+19,03%). A única queda de preços dentro da cesta foi registrada pelo arroz (-10,27%).
Outra pesquisa mostra a mesma situação desoladora: de acordo com o Dieese, adquirir uma cesta básica para o mês já custa mais de R$ 700 na maioria das capitais brasileiras – quase 60% do salário mínimo em vigor.
Com o desemprego nas alturas e os salários que não acompanham o aumento do custo de vida, o número de miseráveis no Brasil acelerou no governo Bolsonaro. De acordo com um inquérito realizado Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), 33,1 milhões de brasileiros passam fome no Brasil. Antes do governo Bolsonaro, eram 10 milhões.
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