Os metalúrgicos da Zona Leste e da Região Central da capital paulista se reuniram na última terça-feira (10), em assembleias regionais de mobilização para o “Dia Nacional de Luta, Protestos e Greves” contra a perda de direitos, que será realizado no dia 10 de novembro, em todo o país.
De acordo com o sindicato, a categoria está em campanha salarial unificada e os cerca de 600 trabalhadores presentes aprovaram a rejeição à aplicação reforma trabalhista que entrará em vigor no próximo mês. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, “a lei criou novos tipos de contrato de trabalho que permitem às empresas contratar trabalhadores como PJ (pessoa jurídica), sem registro em carteira; contratar por horas de trabalho, para serviço eventual, terceirizar. E tudo isso poderá ser feito sem nenhuma negociação com os sindicatos. As empresas também poderão chamar os funcionários efetivos para negociar banco de horas, redução de salário e benefícios, sem o sindicato; formar uma comissão de representantes para negociar acordos, PLR, também sem o sindicato. Os trabalhadores vão ficar na mão do patrão; por isso, temos que lutar e resistir”, disse.
Miguel Torres que também é presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) conclamou todos os trabalhadores presentes nas assembleias para os atos e greves que serão realizados com o apoio de 53 sindicatos do Estado e sindicatos de diversas regiões do país. “Com greves, paralisações e manifestações vamos mostrar à população que as mudanças na legislação trabalhista não garantem empregos de qualidade e vão apenas precarizar as relações de trabalho e submeter os trabalhadores à vontade patronal, sob ameaça de serem demitidos ou não serem contratados se não aceitarem as imposições”, afirmou Torres.