A maior parte das contas atrasadas das pessoas físicas é com bancos (58,48%), Em seguida, com o comércio (13,69%), água e luz (11,12%) e comunicação, aponta pesquisa da CNDL
Com o custo de vida cada vez mais incompatível com as rendas, o número de brasileiros com o nome no vermelho voltou a crescer em maio. De acordo com os dados da pesquisa mensal de Inadimplência Nacional de Pessoas Físicas da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), quatro em cada dez adultos estavam inadimplentes. Percentualmente, 38,68% da população adulta estava negativada por deixar de pagar contas e dívidas, o que representa 62,37 milhões de pessoas.
Sentindo os efeitos de uma inflação acumulando dois dígitos há mais de 12 meses, do desemprego e da precarização do trabalho – marcas do governo Bolsonaro – o número de inadimplentes cresceu 5,81% desde maio de 2021. Em relação a abril deste ano, as condições de vida também pioraram: a pesquisa registrou aumento se 0,80% no número de brasileiros que não conseguem pagar as contas.
O estudo também mostra que cresceu o número de negativados com contas em atraso entre 3 meses e um ano (44,73%), seguido de pessoas com débitos em aberto de até 80 dias (10,43%). Os números mostram que a deterioração das condições de vida acabam mantendo os consumidores inadimplentes por um longo período: o atraso médio das contas dos brasileiros é de 2 anos, 2 meses e 24 dias.
DÍVIDAS COM BANCOS E CONTAS BÁSICAS CRESCEM
Com a taxa básica de juros elevada a 13,25% ao ano por decisão do governo, em maio destacou-se o crescimento de 20,71% sobre maio passado das dívidas com os bancos.
Sem conseguir equilibrar as contas até mesmo para o mais básico, cresceu também a inadimplência com contas de água e luz.
Em termos de participação, a maior parte das dívidas das pessoas físicas negativadas era com os bancos (58,48%), comércio (13,69%), água e luz (11,12%) e comunicação (9,37%).