Após semana com paralisações e manifestações contra a proposta dos patrões de acordo coletivo, os professores das escolas privadas da cidade de São Paulo obtiveram vitória e assinaram, na última terça-feira (29), proposta que mantém direitos e dá um reajuste de 3% real.
A primeira paralisação ocorreu no dia 23 de maio e envolveu cerca de 40 escolas. Já na segunda, realizada na terça-feira (29), foram paralisadas as atividades em mais de 100 escolas. Também na terça-feira, os docentes fizeram uma grande passeata pela Avenida Paulista, que envolveu milhares de professores e apoiadores, como alunos e pais.
Nos planos do sindicato patronal (SIEESP), o novo acordo coletivo deveria absorver todas as mudanças causadas pela reforma trabalhista. Portanto, seria retirada toda a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), suas férias seriam diminuídas de 30 para 23 dias e fragmentadas, haveria redução de bolsa para filhos de professores, entre outras cláusulas. Além disso, não haveria nenhum tipo de reajuste salarial.
O Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), após toda a resistência, assinou o Acordo Coletivo que mantém todas as cláusulas sociais, dá um aumento salarial de 3% real e 15% de PLR. O sindicato patronal, porém, diz não ter entrado em acordo e não assinou o documento. Enquanto os patrões não assinam, os professores manterão suas atividades, com o prazo máximo de terça-feira (5). Caso os patrões não entrem em acordo, os professores irão deliberar greve já marcada.