Teve início nessa quarta-feira (30) a greve nacional de 72 horas dos petroleiros, que, assim como os caminhoneiros, reivindicam o fim da atual política de preços mantida por Pedro Parente, presidente da Petrobrás, e contra a privatização da estatal.
Dezenas de refinarias, plataformas e fábricas de fertilizantes da Petrobrás amanheceram paralisadas nesta quarta-feira, e assim serão mantidas, de acordo com as entidades representativas da categoria, até a sexta-feira. Os trabalhadores têm se posicionado veementemente contra a privatização da estatal, fundamental para a soberania econômica e energética do Brasil.
O dirigente do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), Eduardo Henrique explica os motivos da greve: “Nossa luta é para derrubar Temer, Pedro Parente, presidente da empresa, e sua política privatista, a verdadeira responsável pelo aumento do diesel, gasolina e gás de cozinha. Eles querem descontar a crise econômica nas costas dos trabalhadores e de toda a população, junto com outras medidas como a reforma trabalhista e da previdência, tudo para garantir o lucro dos patrões”.
Para Adaedson Costa, secretário-geral da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindpetro-LP), “essa greve é contra a alta dos combustíveis. A Petrobrás tem que ser voltada para o povo brasileiro. Nós, como os caminhoneiros fizeram, vamos dar exemplo de cidadania e soberania. Fora Parente”, afirmou.
O petroleiro Reynaldo Sant´Ana mostra a disposição da categoria em fazer coro com outros setores da sociedade. ”Os petroleiros veem, também, a necessidade de unir as pautas de diversas categorias, como os caminhoneiros, contra Parente. É preciso unir as lutas das diversas categorias para por pra fora Temer, Parente e todos os corruptos. Essa é a oportunidade para derrotar esse projeto de privatização”, disse.