País voltou ao mapa da fome, segundo a ONU. São 33 milhões com fome e 125 milhões em insegurança alimentar. Mas o lunático, que não gosta de trabalhar e só pensa em se perpetuar no poder, mente dizendo que está tudo um espetáculo
Bolsonaro não tem nenhum compromisso com o povo e nem com a verdade. Nesta quinta-feira (7), afirmou para seus seguidores, no cercadinho do Palácio da Alvorada, que a situação do Brasil está ótima. “Estão vendo como é que está o mundo, pessoal, e como é que está o Brasil? A gente está bem”, disse ele, no mesmo dia em que a ONU declara que o Brasil voltou para o mapa da fome.
“Se não é eu, esse Brasil já estava no buraco”, continuou ele, que vive passeando e não domina os dados da economia do pais. Para ele é como se os 33 milhões de brasileiros que estão passando fome e os 125 milhões que estão em insegurança alimentar não estivessem no buraco. Como se os mais de 11 milhões de desempregados estivessem felizes da vida. Para ele, essas pessoas não contam. Assim como não contaram os mais de 670 mil brasileiros que morreram vitimas da Covid-19 por conta de sua sabotagem à vacina e à luta contra o vírus.
O país está estagnado. A produção industrial caiu 2,9% no ano. Estamos com os maiores juros do mundo, 13,25% ao ano. A renda dos trabalhadores está em queda livre. Em maio, o salário médio real de admissão foi de R$ 1.898, contra um valor de R$ 1.916 em abril (queda de 0,93%) e de R$ 2.010 em maio do ano passado (recuo de 5,6%), em valores corrigidos pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Os salários iniciais também seguem menores que as remunerações médias dos profissionais que saíram das vagas. Em maio, o salário médio real dos trabalhadores demitidos foi de R$ 1.957. Ou seja, 3,15% acima do salário médio de contratação (R$ 1.898). As empresas produtivas estão endividadas e sem acesso ao crédito. Nesta quinta-feira a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgou dados pelos quais 90% das empresas denunciam que a alta dos juros piorou acesso ao crédito.
Isso sem falar da inflação descontrolada que está acometendo o Brasil e que, também, é uma das maiores do mundo. Os preços estão explodindo, mas Bolsonaro, para tentar tirar o corpo fora, faz vista grossa e diz, cinicamente, que no Brasil está tudo um espetáculo se comparado com o resto do mundo. A gasolina está dolarizada, isto é, Bolsonaro vende a gasolina pelo preço do dólar aos brasileiros que recebem em real. Cobra como se a Petrobrás importasse toda a gasolina que é vendida no Brasil.
Isto é uma mentira. A Petrobrás produz 80% da gasolina e do diesel que são consumidos no Brasil. Seus custos de produção são extremamente baixos e os preços da gasolina e do diesel poderiam ser muito menores para os consumidores, mas Bolsonaro não deixa. Ele não deixa porque, como diz Lula, está de rabo preso com os acionistas estrangeiros da empresa e com os importadores de derivados que querem preços mais altos. Enquanto esses setores estão ganhando bilhões com os preços abusivos, a população está sendo extorquida.
Bolsonaro é tão covarde e cínico que não altera essa política absurda de preços dolarizados e resolve retirar mais de R$ 70 bilhões da Saúde e da Educação dos estados e municípios, ao obrigar os governadores prefeitos a cortarem o ICMS, imposto responsável por estas despesas. E o que é pior: reduz um pouquinho o preços, mas, como o dólar e o barril de petróleo lá fora estão subindo, os preços, que já estão altos, seguirão subindo. Todo esse esforço de Bolsonaro não passa de mais um estelionato eleitoral.
Com o desastre de Bolsonaro, o país está no abismo e não apenas num buraco. Seu objetivo foi anunciado logo que ele assumiu, numa reunião nos Estados Unidos. “Não vim para construir nada, meu objetivo é destruir o que foi feito até agora. E é isso o que ele vem fazendo. Vendeu quase toda a Petrobrás, destruiu o parque de refino nacional e fez explodir os preços de tudo que é ligado aos combustíveis, a gasolina, o diesel e o gás de cozinha, agravando a fome do povo. Deixou de controlar os estoques de alimentos e os preços foram para o espaço. Ninguém consegue mais comer carne.
Mas, Bolsonaro acha tudo muito bom. Seu sonho é colocar o Brasil na condição de quintal dos EUA. De preferência sob a liderança de Trump. Para ele o Brasil deveria voltar a ser uma fazenda exportadora de madeira ilegal, de ouro roubado das terras indígenas, de minérios tirados de nossas minas por multinacionais predadoras e de grãos produzidos pelo agronegócio. Não por outro motivo persegue os órgãos que fiscalizam as agressões ao meio ambiente, às comunidades indígenas e as condições de trabalho. Um regime escravista e exportador de produtos primários. Este é o melhor dos mundos para Bolsonaro e suas milícias.