Nos seis primeiros meses do ano, já aconteceram 322 casos de tiroteios em massa nos Estados Unidos, informa o Gun Violence Archive. Bolsonaro falou que quer “provar leis sobre armas de fogo muito parecidas com as dos EUA”, mesmo diante do desastre que está acontecendo no país ao norte.
O Gun Violence Archive, uma organização sem fins lucrativos que registra, desde 2013, os casos de violência relacionados a armas nos Estados Unidos, aponta que o número de tiroteios em massa vem crescendo.
Em 2019, foram 417 tiroteios em massa e 39.580 mortes por armas. Em 2020, 610 tiroteios e 43.617 mortes. No ano passado, aconteceram 692 tiroteios e morreram 45.034 pessoas.
Somente até 7 de julho de 2022, morreram 22.749 pessoas por conta das armas, às quais os cidadãos americanos podem acessar quase livremente.
Também já morreram 181 crianças de 0 a 11 anos, além de 688 adolescentes de 12 a 17 anos.
No desfile do dia 4 de julho, dia da Independência dos Estados Unidos, na cidade de Highland Park, em Illinois, um atirador se posicionou em um telhado com um fuzil e atirou contra as pessoas.
Ao todo, foram 8 mortos e 24 feridos.
O governador do Estado, J.B. Pritzker, tem pressionado pela aprovação de leis mais rigorosas para o acesso a armas em Illinois. “Nós devemos e vamos acabar com essa praga da violência por armas”, disse.
“Em uma América onde a violência por armas se tornou um flagelo em tantos bairros, Illinois está adotando uma abordagem de bom senso para promover a segurança pública e a justiça em todas as direções”, continuou.
O atentado ocorrido em 2022 em que mais morreram pessoas foi na cidade de Uvalde, no Texas. Um homem entrou armado em uma escola infantil e matou 19 crianças. No total, foram 22 pessoas mortas.
Em seguida vem o atentado em Buffalo, no Texas, onde um jovem branco assassinou, por puro racismo, 10 pessoas em um supermercado localizado em um bairro de predominância negra.
O assassino ainda divulgou um manifesto afirmando que realizara o atentado porque os brancos estavam sendo substituídos pelos negros na sociedade estadunidense, tese que é muito comum nos grupos racistas e nazistas. No momento do crime, ele ainda usava no peito o símbolo nazista do “Sol Negro”, como o dos neonazis do Batalhão Azov, na Ucrânia.