O ex-governador Ciro Gomes, pré-candidato do PDT à Presidência da República, lamentou o assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, dirigente do PT em Foz do Iguaçu (PR).
“É triste, muito triste, a tragédia humana e política que tirou a vida de dois pais de família em Foz do Iguaçu. O ódio político precisa ser contido para evitar que tenhamos uma tragédia de proporções gigantescas”, escreveu Ciro no Twitter.
O agente penitenciário federal, Jorge José da Rocha Guaranho, invadiu a festa de aniversário do guarda municipal Marcelo Arruda e o matou com três tiros na noite deste sábado (9), em Foz do Iguaçu, no Paraná. Arruda era dirigente do PT no município.
https://twitter.com/cirogomes/status/1546150109200715779
A polícia disse que errou ao anunciar também a morte do bolsonarista. Ele foi hospitalizado em estado grave, mas continua vivo. Guaranho foi atingido com cinco tiros do guarda municipal.
Segundo as testemunhas, o agente penitenciário invadiu a festa gritando “Bolsonaro”, “mito” e com xingamentos, sacou uma arma afirmando que mataria a todos na festa. A mulher de Guaranho, com um filho no carro, gritava e pedia para irem embora do evento. Depois de uma rápida discussão, ele saiu do local e prometeu voltar para “uma chacina”.
Arruda desconfiou que o bolsonarista voltaria para cumprir sua ameaça e se armou também. Guaranho retornou e disparou contra Marcelo Arruda, que revidou e atirou de volta.
“Que Deus, na sua misericórdia, interceda em favor de nós brasileiros, pacificando nossas almas, e traga conforto às duas famílias destruídas nesta guerra absurda, sem sentido e sem propósito”, continuou o ex-governador.
O ex-governador Ciro Gomes, também pelas redes, pediu investigação e punição para os autores dos atentados contra os atos de Lula, contra o juiz Renato Borelli, que prendeu o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e o jornal Folha de São Paulo.
“Três fatos aparentemente desconectados – a bomba caseira no comício de Lula no Rio, o saco de fezes e ovos no pára-brisa do juiz Borelli, em Brasília, e o tiro em uma janela da redação da Folha, em SP – precisam ser investigados e repudiados”, disse.
Ciro continuou e disse que “é bastante preocupante que atentados como estes ocorram em um espaço de poucas horas uns dos outros e a poucos dias do início oficial da campanha. As autoridades precisam agir rápido e a sociedade civil se mobilizar para frear estes abusos”.
“Mesmo que possam ter autorias diversas, eles têm berço e matriz genética idênticos. O berço é o ninho onde as ditaduras chocam seus ovos de serpente. O DNA é o sentimento de ódio que contamina a sociedade brasileira”, comentou Ciro.