Sindicatos que compõem a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e a Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), associações de moradores e diversos grupos sociais e políticos iniciaram, na terça-feira, 29 de maio, mais uma Marcha para exigir o fim das políticas de ajuste impostas pelo governo de Mauricio Macri e em defesa do trabalho e melhores salários.
A Marcha Federal por Pão e Trabalho é a segunda mobilização de alcance nacional convocada em menos de quinze dias. Nesta oportunidade, centenas de milhares de manifestantes devem se reunir no centro de Buenos Aires, no Obelisco, na sexta-feira, 1º de junho. No dia 23 passado, professores de todas as províncias marcharam exigindo aumentos salariais, a reabertura das negociações nacionais e repudiaram o pedido de empréstimo do governo ao FMI.
O objetivo da marcha que saiu dos cinco pontos extremos do país, além do protesto final na cidade de Buenos Aires, é que cada caravana que andará durante toda a semana destaque os problemas sociais provocados e acirrados pelas medidas neoliberais de Macri.
Como parte do protesto, manifestantes de vários movimentos sociais realizaram, na quarta-feira, uma manifestação e uma “panela popular”, comida coletiva muito usada pelos movimentos sociais na Argentina, no centro da capital.
“O governo está empenhado em correr a toda velocidade em direção a uma parede. O povo se levanta contra isso, essas medidas provocam uma resistência ampla e firme, não vão passar”, disse Daniel Ménendez, dirigente do movimento Bairros de Pé, um dos organizadores da Marcha.