O desemprego crescente e o freio no consumo das famílias foram responsáveis pela queda de -0,5% no volume de vendas do comércio varejista brasileiro em agosto na comparação julho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na quarta-feira (11).
Trata-se do pior resultado para o mês nessa comparação desde 2015, quando houve retração de -0,6%. Em doze meses, a atividade varejista já acumula perdas de -1,6%.
Sete de oito atividades pesquisadas pelo IBGE seguiram o tombo, com destaque para as vendas de supermercados e produtos alimentícios, que além de terem o maior peso na composição geral, é um grande indicador da magnitude da crise, que já afeta até a mesmo o orçamento das famílias para produtos considerados de primeira necessidade. Sobre julho, as vendas dessa categoria recuaram -0,3% e -1,3% nos últimos 12 meses.
O segmento de equipamento e material de escritório e informática também teve contribuição importante para a queda, de -6,7% na comparação mensal. As vendas de combustíveis e lubrificantes, sentindo o impacto da atividade econômica desaquecida e do aumento dos tribustos, caiu -2,9% no mês.
Dentre as regiões, destacou-se na comparação mensal a queda na atividade da cidade de São Paulo – o maior centro comercial e econômico do país, de -1,7%.