Manifestação da entidade foi divulgada após Bolsonaro atacar o sistema eleitoral brasileiro e pregar o golpe em reunião com embaixadores
“A estabilidade democrática e o respeito ao Estado de Direito são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios”, defendeu a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em documento que será encaminhado aos candidatos à Presidência da República nas Eleições de 2022, intitulado: “Diretrizes prioritárias – governo federal 2023-2026”.
“Dentre todos os elementos de segurança jurídica, ressaltam-se, com maior ênfase, o compromisso com a democracia, o Estado de Direito e a solidariedade social, as principais vítimas das crises econômicas e institucionais. O compromisso com a segurança jurídica é premissa essencial para o futuro de qualquer país na contemporaneidade”, advertiu a Fiesp, presidida pelo empresário Josué Gomes da Silva.
O documento vem após Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, ter realizado novas ações golpistas contra o sistema eleitoral brasileiro. No início desta semana (18), em reunião com embaixadores de outras nações, Bolsonaro apresentou acusações, sem provas, ao sistema eleitoral brasileiro, e fez novos ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No documento ainda, a organização das indústrias do estado de São Paulo defende que o Brasil precisa elevar os investimentos públicos para rever o processo de desindustrialização e baixo crescimento da economia.
“O baixo e instável crescimento econômico brasileiro tem afastado o País dos padrões necessários para redução da desigualdade e transição para uma economia desenvolvida… O forte processo de desindustrialização vivenciado pela economia brasileira materializou uma crise estrutural no setor. Vários fatores se conjugaram para esse resultado, dentre eles um adverso ambiente macroeconômico, expresso por uma taxa de câmbio volátil, um patamar de juros que prejudica as decisões de investimento, e um sistema tributário complexo que sobrecarrega os agentes produtivos e gera insegurança jurídica”, listou a Fiesp.