Em meio à crise do aumento dos preços de combustíveis, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) autorizou o reajuste anual de tarifas da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) em até 21%. De acordo com comunicado da Comgás o reajuste passou a valer na última quinta-feira (31).
O aumento será cobrado por faixas de consumo, e os cerca de 1,8 milhões de consumidores residenciais terão altas que vão de 3,4% a 8%. Para os 17 mil comércios, a variação será de 5,8% a 12,9% e, para as 1,2 mil indústrias o aumento ficará entre 13% e 21%. Já a tarifa do Gás Natural Veicular (GNV), aplicada aos postos de combustíveis, deve cair 1,06%.
A Arsesp destacou que esse reajuste leva em consideração a atualização nos custos de gás e transporte incluídos na tarifa, que acompanham as variações de preço do petróleo e da taxa de câmbio. Ou seja, a mesma política de “paridade” internacional que a Petrobrás está usando para manter os aumentos nos combustíveis. Essa política significa atrelar os preços internos ao mercado internacional, quando temos auto-suficiência na produção de petróleo e gás, mas deixamos o país refém dos preços internacionais, com refinarias sucateadas e paradas e importando o que podíamos produzir.
Ainda no comunicado, a Comgás disse que os reajustes ocorrem depois de duas reduções consecutivas dos custos de gás e transporte, em maio e outubro de 2016, e uma variação positiva, em maio de 2017. Com isto, o custo da tarifa para o segmento industrial retorna a um patamar similar àquele em maio de 2015, informou.