A série de aumentos de energia realizada pelo governo Temer deve ter um grande impacto nos consumidores brasileiros. Um levantamento realizado pela TR Soluções aponta que as contas de luz subirão em média 25,7% apenas este ano.
O novo estudo leva em conta dois aspectos principais: a adoção da bandeira vermelha pelo governo federal e os reajuste anuais das concessionárias de energias estados brasileiros.
“Essa projeção vale para todos os tipos de consumidores: residenciais, comerciais e industriais”, explica o diretor comercial da empresa, Helder Sousa.
De acordo com o estudo, o aumento será confirmado ao analisar a conta de junho deste ano em comparação com o mesmo mês de 2017.
Segundo ele, a bandeira tarifária pesa bastante, pois acrescenta R$ 5 nas contas de luz a cada 100 kWh consumidos. Em junho do ano passado, foi adotada a bandeira verde, quando não há cobrança extra na tarifa.
O tarifaço realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), já impactou mais de 60% da população brasileira. No Rio de Janeiro, por exemplo, os aumentos foram de 19% para os consumidores da Baixada Fluminense (Enel) e 13,4% para os da capital (Light).
Os últimos governos promoveram diversos favorecimentos às distribuidoras de energia, além dos aumentos das tarifas. O que vem ocorrendo no país é uma desestruturação programada do setor elétrico pelos últimos governos para os períodos de estiagem, secas e falta de chuva. E quem está pagando por isso são os consumidores.
Além dos esforços do governo para que as distribuidoras, em sua maioria, já privatizadas, garantirem seus lucros estratosféricos. O serviço prestado por elas é de péssima qualidade, com um custo muito alto. Não atende as demandas da população, mas seus executivos seguem acumulando dinheiro nas custas dos trabalhadores.
SÃO PAULO
O aumento, no entanto, deverá ser ainda maior, já que as contas de luz dos paulistanos ainda não foram reajustadas pela distribuidora Eletropaulo, que acaba de ser comprada pela italiana Enel Energia.
De acordo com a Aneel, o reajuste anual tarifário deverá ser realizado a partir de julho, o que jogará ainda mais para cima a média de aumentos no país.