“Treva é o que esse país tem se tornado com um presidente genocida, apoiado por racistas como ela. Que responda por isso na Justiça!”, continuou a deputada estadual de São Paulo
A deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP) afirmou que a esposa de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro, cometeu o crime de intolerância religiosa ao compartilhar publicação que associa as religiões afrobrasileiras às “trevas”.
“Treva é o que esse país tem se tornado com um presidente genocida, apoiado por racistas como ela”, disse Leci pelo Twitter.
Michelle Bolsoaro compartilhou um vídeo, de 2021, de Lula recebendo um banho de pipoca durante um evento na Assembleia Legislativa da Bahia. O ato é uma tradição das religiões afrobrasileiras.
Michelle Bolsonaro, que já reclamou de “cristofobia” em outros momentos, comentou: “Isso pode, né! Eu falar de Deus, não”.
Ela compartilhou a postagem da vereadora bolsonarista de São Paulo, Sonaira Fernandes, que falou, sobre o vídeo, que Lula “entregou sua alma para vencer essa eleição”.
“Não lutamos contra a carne e nem o sangue, mas contra os principados e potestades das trevas. O cristão tem que ter a coragem de falar de política hoje para não ser proibido de falar de Jesus amanhã”, continuou a bolsonarista que foi endossada por Michelle Bolsonaro.
Para Leci Brandão, “a oportunista disfarçada de cristã, que AINDA está como primeira-dama, cometeu crime de intolerância ao associar as tradições afrobrasileiras às trevas”.
“Treva é o que esse país tem se tornado com um presidente genocida, apoiado por racistas como ela.Que responda por isso na Justiça!”, continuou.
“Oportunista disfarçada de cristã, que AINDA está como primeira-dama”
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, observou que “a postagem feita por Michelle Bolsonaro contra Lula é eivada de preconceito contra as religiões de matrizes africanas”.
“Essas pessoas acham que têm o monopólio da fé, mas não passam de vendilhões do templo que usam o nome de Deus para pregar o ódio e fazer fortuna. Cínicos!”.
O “guru” de Michelle Bolsonaro, pastor Josué Valandro Jr., líder da Igreja Batista Atitude, acobertou dentro de sua igreja um golpe de R$ 1 milhão aplicado por um pastor contra duas fiéis.
Em 2017, o pastor Oséias Oliveira de Abreu, que comanda a igreja na Barra da Tijuca, sumiu com R$ 200 mil de uma fiel e R$ 726 mil de outra, prometendo retornos financeiros que nunca aconteceram.
As duas buscaram ajuda com o amigo de Michelle Bolsonaro, pastor Josué Valandro, mas ele preferiu acobertar o colega da igreja e não ajudou as fiéis. Ele só entrou em contato com as duas fiéis para tentar manter o nome da igreja fora do processo judicial. Assim mesmo em tom de ameaças.