
Forte adesão à carta em defesa da democracia tem impulsionado a organização de centenas de atos em todo o Brasil para que sejam respeitadas as decisões das urnas nas eleições de outubro
A “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros Em Defesa do Estado Democrático de Direito”, que foi lida, na manhã desta quinta-feira (11), na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, conta com a assinatura de 871 pastores e de 467 padres, segundo levantamento feito por articuladores do documento. Veicula matéria com a informação no jornal Folha de S.Paulo.
Outros 8.281 policiais e 1.894 militares aderiram ao manifesto.

O manifesto, que soma mais de 940 mil adesões, foi lido em evento nesta quinta-feira, no pátio da instituição. E, a julgar pela adesão maciça ao documento, percebe-se que a sociedade brasileira levantou-se e colocou-se de prontidão, a fim de combater a espiral golpista liderada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que tenta renovar o mandato em 2 de outubro.
Outras categorias também aparecem em peso entre a lista de signatários já são 129.965 professores e 20.418 empresários. Segundo organizadores do site Estado de Direito Sempre!, https://www.estadodedireitosempre.com/, que coleta as assinaturas, a autenticidade das autodeclarações é conferida com dados do site da Receita Federal.
MOVIMENTO POPULAR
Até as 15h da última terça-feira (9), haviam colocado o nome no site criado para o evento 9.627 desempregados, 6.876 policiais, 4.262 motoristas e 897 porteiros. 207 empregados domésticos também subscrevem a carta. Para os articuladores do manifesto, os dados mostram que o movimento está longe de ser elitista.
A forte adesão à carta em defesa da democracia tem impulsionado a organização de centenas de atos em todo o Brasil para que sejam respeitadas as decisões das urnas nas eleições de outubro.
Parte das manifestações ocorreu na manhã de quinta-feira, de forma simultânea à leitura do manifesto na Faculdade de Direito da USP.

ATOS EM TODO O BRASIL
Os atos são estimulados pelo comitê organizador do evento na região central de São Paulo e estão marcados em dezenas de faculdades de direito, associações e escolas espalhadas pelas cinco regiões do país.
Além das manifestações pró-democracia lideradas por estudantes, movimentos sociais que organizaram atos nacionais contra Jair Bolsonaro (PL) nos últimos anos decidiram passar para esta quinta-feira a retomada das manifestações de rua. Inicialmente, a data era 6 de agosto.
A mudança foi feita para coincidir com a data de divulgação de manifestos contra ataques que o presidente da República tem feito às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral, à democracia e às instituições republicanas.
Os organizadores do manifesto, que surgiu a partir de ideia de ex-alunos do Largo de São Francisco, esperam ultrapassar a marca de 1 milhão de assinaturas em apoio à democracia e à lisura do processo eleitoral brasileiro.
M. V.