“O BNDES precisa ajudar os pequenos. Vamos ter que levar muito em conta e muito a sério essa questão da negociação dessa dívida de vocês”, destacou o ex-presidente em encontro com representantes do setor, realizado nesta quarta-feira (17)
O ex-presidente Lula (PT) se encontrou, nesta quarta-feira (17), com empresários de micro, pequenas e médias empresas e garantiu que a categoria terá atenção especial em seu eventual terceiro governo. “O que vocês representam é a maior demonstração de que a gente precisa dar mais importância para o que vocês fazem”, disse Lula.
O candidato da oposição falou sobre a dívida do setor e as saídas para superar a crise. “A gente não pode deixar que vocês [empresários de pequenas e médias empresas] morram por causa da dívida que vocês contraíram por conta da pandemia”, afirmou Lula, defendendo que os bancos públicos têm que ajudar o setor. “O BNDES precisa ajudar os pequenos”, destacou.
“Vamos ter que levar muito em conta e muito a sério essa questão da negociação dessa dívida de vocês. E vamos colocar o Banco do Brasil – e o Banco do Brasil parece bonzinho quando tem organização governamental; porque, se não tiver orientação, a burocracia do Banco do Brasil pensa como banco privado”. observou.
Assista vídeo do encontro com pequenos e médios empresários
“Nós vamos voltar com o objetivo de fazer os bancos públicos virarem bancos públicos. Nós não queremos que os bancos públicos tenham nenhum prejuízo, mas não queremos que eles tenham os mesmos lucros dos bancos privados. Eles têm que prestar uma função social a esse país. Da mesma forma o BNDES. O BNDES vai ter que deixar de fazer empréstimo para grandes empresas e vai ter que se dedicar para emprestar para pequenos e médios empresários, porque o restante pode tomar empréstimo em dólar e em qualquer lugar”, acrescentou.”
“Nós vamos recriar alguns ministérios. Não sei se está funcionando o Ministério das Pequenas e Médias Empresas, mas vai ter que funcionar. Eu já disse que vou criar o Ministério dos Povos Originários, para que o índio seja ministro. Nós vamos recuperar o Ministério do Turismo com a força que ele precisa, porque o turismo é um gerador extraordinário de oportunidade de emprego nas mais diferentes cadeias produtivas”, complementou.
O ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa de Lula, afirmou que o país está vivendo um momento de ameaças à democracia e que “os divergentes se uniram para derrotar os antagônicos”. Alckmin lembrou que eleição é escolha e comparação. “Mário Covas dizia que o povo não erra. Ele precisa das informações e é nosso dever de levar essas informações”, afirmou.
“O governo atual trabalha contra as instituições, é confusão todo dia, estamos vendo um desmonte do Estado brasileiro em todas as áreas”, denunciou Alckmin. “A Cultura trabalha contra o artista, O Ibama é manipulado para trabalhar contra o meio ambiente, a Economia em marcha à ré e o nível de endividamento, não só de empresários, mas de toda a população, até para poder se alimentar. A inflação não é 10%. A inflação de alimentos é 70% do leite, o café da manhã chega a 30% e assim por diante”, destacou.
