O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, cumpriu agenda neste final de semana em Buenos Aires, Argentina, onde esteve com lideranças políticas e empresariais do país vizinho. Em palestra na Universidade Nacional de Buenos Aires (UBA), ele falou sobre “uma ampla aliança de centro-esquerda”.
“Nesse primeiro momento, minha prioridade são PSB e PCdoB”, disse.
Bem humorado, ele evitou fazer comentários sobre o lançamento da candidatura de Lula para evitar ser criticado “pela burocracia do PT”. Indagado sobre possíveis cenários, reiterou que se vê disputando o segundo turno com o tucano Geraldo Alckmin já que “eu não rivalizo com Bolsonaro, rivalizo com Lula”. “No meu cálculo, doído que seja, Lula não será candidato”, frisou.
“Há 16 anos, Lula assumiu o poder no Brasil e todos os dias, até hoje, eu o apoiei. E todas as vezes que fiz algum comentário que desagradou uma parte da burocracia do PT fui intensamente criticado, para usar uma palavra moderada. Por isso, compreendendo o trauma e pelo respeito pelo momento do PT, me reservo o direito de não fazer mais nenhum comentário sobre o PT e seus rumos estratégicos”, disse.
Para o pré-candidato do PDT, o candidato do PSL Jair Bolsonaro não deve chegar ao segundo turno. “Bolsonaro tem sete segundos na TV e não tem candidatos a governador competitivos. É um projeto personalista, que poderá chegar a 18% ou 20%. Alckmin terá vários candidatos a governador, a senadores. Alckmin só tem a crescer, e Bolsonaro só pode cair”, avaliou.
Ciro Gomes (PDT) abriu uma rodada de conversas com políticos e representantes do agronegócio da Argentina e também esteve com vice-presidente da Argentina, Gabriela Michetti. O pedetista acha que o Mercosul pode ter um papel importante nas negociações comerciais com outros blocos geopolíticos.
“Debatemos também sobre a situação econômica no Mercosul e também nossa relação com parceiros como a União Européia, Estados Unidos e Brics. Certamente uma relação baseada no respeito e cooperação é fundamental”, ressaltou.