Os funcionários técnico-administrativos e professores das universidades estaduais paulistas (USP, Unicamp e Unesp) mantêm greve diante das propostas de reajuste salarial, que não cobre as perdas dos últimos anos, feita pelo Conselho de Reitores (Cruesp). A proposta de 1,5% foi feita na última quinta-feira (7) durante a reunião de negociação entre os reitores e os servidores.
As universidades estaduais de São Paulo têm várias de suas áreas paralisadas devido à greve, que foi iniciada no dia 29 de maio pelos professores e estudantes da USP, tendo posterior adesão dos funcionários da mesma, e pelo conjunto de servidores das demais estaduais.
Desde 2015 tendo reajustes inferiores a inflação, as perdas salariais na USP e Unicamp atingem 12,66%, enquanto na Unesp 16,04%. Portanto, não à toa, as categorias, reunidas no Fórum das Seis (entidade que reúne os sindicatos e Diretórios dos professores, funcionários e estudantes das três estaduais), recusaram de imediato o 1,5% proposto pelo Cruesp. “O índice é inaceitável frente às perdas que estamos tendo”, disse o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), João Raimundo Mendonça.
Enquanto a reunião de negociação era realizada, centenas de manifestantes de diversos campi das três universidades se reuniram para pressionar os reitores a aceitar as reivindicações das categorias.