Os peemedebistas já estão avaliando jogar a candidatura de Henrique Meirelles ao mar diante do pífio desempenho do ex-ministro da Fazenda de Temer nas pesquisas.
Não é fácil carregar nas costas o peso da impopularidade recorde do governo de Michel Temer e do desastre econômico. Meirelles dizia que o principal motor da sua candidatura seria a “sensação” de bem-estar social e econômico.
Segundo o senador Fernando Bezerra (PMDB-MDB-PE), “a piora do quadro econômico compromete toda a linha de argumentação de campanha”. “A pesquisa joga uma ducha de água fria nos argumentos que ele vinha construindo para sustentar sua campanha, que se baseavam na melhora da economia”. Também em Pernambuco, o deputado Jarbas Vasconcelos já anunciou que não embarca na candidatura governista e vai apoiar Geraldo Alckmin (PSDB). Outros desembarques são esperados em breve.
O vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (MDB-SP), diz que a candidatura de Meirelles está empacada. “Há um mal-estar com a política, e a percepção sobre o presidente Temer, sobre o governo, recrudesceu muito em função de tudo isso que aconteceu com a greve dos caminhoneiros”, declarou Mansur.
Segundo pesquisa do Datafolha, 72% dos brasileiros dizem que a situação econômica do país piorou, ao contrário da “sensação” de bem-estar que Meirelles preconizava.
Meirelles também foi presidente do Banco Central durante os dois governos de Lula. E também foi sugerido pelo próprio Lula para exercer o cargo de ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, fato que não foi desmentido pelo ex-presidente nem ninguém próximo a ele.