Realizada nesta quarta-feira (21), a maior troca de prisioneiros desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia comprovou o que o presidente Putin vinha denunciando: a participação de mercenários dos Estados Unidos, da Inglaterra e de países da União Europeia (UE) na guerra contra Moscou.
No total foram quase 300 pessoas, incluindo 10 estrangeiros – cinco britânicos, dois norte-americanos, um croata, um sueco e um marroquino – e os comandantes do batalhão nazista Azov, que estiveram no início do ano em Mariupol, agora libertada dos neonazistas.
Dois dos britânicos e o marroquino chegaram a ser sentenciados em junho depois de serem capturados quando a serviço das tropas de Kiev.
A troca envolveu a ajuda da Turquia e da Arábia Saudita e estava sendo preparada há muito tempo. Sob os termos do acordo, 215 do lado ucranianos (a maioria capturados após a queda da siderúrgica Azovstal de Mariupol, entre eles 100 neonazis do Azov) foram liberados. Em troca chegaram a Moscou 55 russos e integrantes das forças libertárias do Donbass. Entre os liberados, Viktor Medvedchuk, líder do partido que integra a segunda força mais votada nas eleições ucranianas de 2019. Medvedchuk foi capturado pelas tropas de Zelensky em abril, um mês depois que o gabinete de guerra do governo proibiu sua força política por ter denunciado a traição de Zelenssky e a capitulação aos interesses estadunidenses.
De acordo com a BBC, os cidadãos estrangeiros foram levados para a Arábia Saudita e para a Turquia. Os cinco britânicos já estão em casa.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, avaliou como positiva a troca, declarando que foi alcançado “um passo importante para o fim da guerra”. Pelo acordo, os componentes do nazista Batalhão Azov foram transferidos para a Turquia, onde terão de permanecer até que o conflito termine.