Após intensas criticas e mobilização de vereadores na Câmara de Porto Alegre, o prefeito da capital gaúcha, Sebastião Melo (MDB), recuou do corte do passe livre nos ônibus municipais.
Aliado de Bolsonaro, Melo informou que a cidade não contaria com a gratuidade no transporte no domingo, dia 2 de outubro, o que impede a população pobre de se locomover para os locais de votação, barrando o direito democrático.
A Prefeitura derrubou a gratuidade, que já era garantida na cidade desde 1995, por meio de um projeto de lei aprovado em 2021, sob o argumento de “que não existe almoço grátis” e que não teria condições de arcar com as despesas do funcionamento gratuito do transporte.
O repúdio à medida de Melo foi gigantesco na sociedade e na Câmara. As vereadoras do PCdoB, Bruna Rodrigues e Daiana Santos, protocolaram um Mandado de Segurança contra o prefeito Melo para garantir o direito.
Nas redes sociais, elas comemoraram o recuo do prefeito.
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“VITÓRIA DE QUEM LUTA. Nós fomos para o embate e agora prefeito acaba de voltar atrás e decretar passe livre no próximo domingo de eleições. Garantir que a passagem seja gratuita é garantir a manutenção do estado democrático de direito!”, disse Bruna Rodrigues.
“Em um momento tão delicado de crise entre a camada mais pobre do povo, é inadmissível que nossas mulheres e homens tenham que escolher entre votar ou comprar um litro de leite!”, ressaltou.
Para Daiana Santos, a pressão garantiu o recuo. “Porto Alegre VAI TER PASSE LIVRE nestas Eleições! A pressão nas ruas, nas redes e nossa Ação Judicial garantiram o direito ao voto dos mais pobres neste domingo e derrubaram a ação absurda do Governo Melo”, celebrou.