
O senador e ex-presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE), anunciou que está apoiando Lula na disputa do segundo turno das eleições presidenciais.
Tasso, que foi governador do Ceará por três mandatos, apoiou Simone Tebet (MDB) no primeiro turno.
“Minha posição é Lula. Evidente que o partido tem que discutir alguns pontos com a equipe dele, mas o que está em jogo para nós é a democracia e a democracia acima disso tudo. E esperando que Lula se comprometa com um governo de pacificação”, disse ao Estadão.
Tasso Jereissati não tentou a reeleição para o Senado e vai se “aposentar” da política.
O PSDB, junto com Cidadania e Podemos, apoiou a candidatura de Simone Tebet, do MDB. A senadora obteve 4,9 milhões de votos, representando 4,16% do total.
Em discurso feito após a apuração das urnas, Tebet estimulou os partidos a se posicionarem, dentro de 48h, sobre o segundo turno das eleições.
Ela disse que tem “lado e vou me pronunciar no momento certo”.
Nos últimos quatro anos, Tebet participou de eventos em defesa da democracia e contra os ataques de Jair Bolsonaro às urnas eletrônicas. A senadora também integrou a CPI da Pandemia e responsabiliza Bolsonaro pela péssima resposta do Brasil ao coronavírus.
O presidente do Cidadania, Roberto Freire, anunciou que encaminhou para a Executiva Nacional do partido o apoio a Lula no segundo turno. O partido se reunirá nesta terça-feira (4).
A esquerda briga com a direita e a Ucrânia está pagando o pato. Tenho 81 anos e os primeiros ensinamentos que recebi era de que a política era a arte de se conversar e achar o melhor caminho. Presenciei muitas divergências e apreciei muitas soluções interessantes. Não tenho visto isto amiúde. Ao contrário posições radicais de um lado ou de outro são colocadas em execução sem levar em conta o que é melhor para o povo. Penso que o ideal seja que as pessoas que têm dinheiro devem ganhar mais dinheiro, desde que acione toda a população ao trabalho, com salários dignos, suficientes para comerem, vestirem e terem oportunidade de estudar os filhos. Isto é o capital tem que se satisfazer com a manutenção social e a partir daí o aumento do seu capital. E quem tem de achar este caminho são os políticos. Definido isto, há de se levantar quais são as ideias para se representar isto e aí sim, os partidos, que não precisarão ser muitos, se dividirão nas ideias, mas limitadas aos caminhos definidos. Não sou intelectual, ao contrário, bem limitado, mas politicamente observei o caminho de muitos políticos brasileiros e alguns notáveis do mundo.