
Amplitude garantiu a eleição de Brandão e Flavio Dino. Para o novo senador, prioridade agora será a reeleição de Lula e o fim do orçamento secreto
O primeiro turno das eleições de 2022 contou com uma importante vitória da coligação articulada pelo ex-governador Flávio Dino (PSB) no Maranhão. Com uma ampla aliança de forças, a chapa elegeu Carlos Brandão (PSB) como novo governador do Estado, além do próprio Dino como senador da República.
Brandão teve 51,29% dos votos válidos e governará o 11º maior colégio eleitoral do país por mais quatro anos. O bolsonarista Lahesio Bonfim (PSC) terminou a campanha com 24,99% dos votos e Weverton Rocha (PDT), 20,70%, de acordo com os dados até 23h45.
Liderada pelo PSB, a coligação foi composta por mais outros nove partidos de diferentes vertentes políticas: MDB, PP, Patriota, Podemos, a Federação Brasil da Esperança (PT/PC do B/PV) e a Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA)
O vice-governador eleito na chapa é Felipe Camarão (PT), de 40 anos.
Brandão liderava a corrida eleitoral com relativa folga desde o início das pesquisas, mas chegou a ser perseguido por Weverton Rocha (PDT) e pelo bolsonarista Lahesio Bonfim (PSC), que disputaram um lugar no segundo turno até o final da campanha.
Em entrevista ao portal G1, Carlos Brandão agradeceu aos maranhenses pela conquista, ainda no primeiro turno, de mais um mandato a frente do poder executivo estadual. O governador afirmou que, após os trabalhos enquanto vice-governador – de 2015 a 2022, no governo Flávio Dino –, e o atual mandato, experiências em gestão foram acumuladas. Segundo Brandão, o objetivo é conduzir a política do estado ‘com equilíbrio’.
“Agora, reeleito, e, portanto, com muita gratidão ao povo do Maranhão, que entendeu e acreditou em nossa proposta, que a gente já vem executando, desde o dia que a gente assumiu, lá em 2015, acompanhando o governador Flávio Dino, e, depois, que assumimos, em definitivo, no dia 2 de abril deste ano. Temos conduzido o estado com muito equilíbrio, com muita prudência, mas, acima de tudo, com muita responsabilidade em levar as ações do governo, para que cheguem até as pessoas”, disse
DINO PROPÕE COMBATER O ORÇAMENTO SECRETO
No Senado, o ex-governador Flávio Dino foi eleito com 62,41% dos votos válidos e representará a população maranhense no Congresso Nacional. O ex-governador teve 2.125.811 votos.
Uma das metas de Flávio Dino, caso eleito, é apresentar um projeto de Lei que põe fim ao chamado ‘Orçamento Secreto’, ajudar o governo do Estado e garantir o emprego de verbas públicas.
“Eu desejo chegar ao Senado para cumprir três objetivos principais: o primeiro é garantir que o nosso país tenha boas leis, o primeiro projeto que vou apresentar no primeiro dia é aquele que põe fim ao ‘Orçamento Secreto’, porque tem servido de caminho para a corrupção e má aplicação do dinheiro federal de todo o Brasil, infelizmente dinheiro federal se perdendo no Maranhão”.
“Em segundo lugar, cumprir o objetivo de ajudar o governo do Estado, nós estamos apoiando a candidatura do Brandão e vamos lutar para isso e fazer com que, no Senado, haja essa sintonia importante para o nosso estado. E em terceiro lugar ajudar que projetos, programas, obras cheguem em todos os municípios, todas as regiões, como nós fazemos no governo do Estado, em várias áreas”, disse.
SEGUNDO TURNO
Em entrevista ao portal UOL, Flávio Dino destacou que a prioridade no Estado será a reeleição do ex-presidente Lula neste segundo turno. Ele apontou que Bolsonaro fugiu dos debates de 2018 e, em 2022, se escondeu atrás do candidato Padre Kelmon (PTB) e, por isso, Lula deve partir para um confronto de legados, levando-se em conta que ambos os candidatos já ocuparam a Presidência.
Dino também destacou que Lula deve apresentar e evidenciar suas propostas para os campos econômicos e sociais do Brasil.
“Salário mínimo, qual é a política? Combate à fome, qual é a política? Investimentos públicos para impulsionar oportunidades e movimentar a economia, qual é a política? Quatro ou cinco itens para tangibilizar melhor nessa linha do centro do debate, que é a agenda econômica e social, aí a gente ganha. Dia 30 vamos comemorar”, finalizou.