Cresce entre os economistas rejeição à política econômica de Bolsonaro e ameaças às instituições democráticas
Os economistas Edmar Bacha e Pedro Malan declararam nesta quinta-feira (6) voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições de 2022.
“Votaremos em Lula no 2º turno; nossa expectativa é de condução responsável da economia”, dizem em breve nota conjunta os economistas Persio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central (BC), e Arminio Fraga, ex-presidente do BC, ambos no governo Fernando Henrique, que já haviam declarado voto em Lula no dia anterior.
Pedro Malan foi ministro da Fazenda durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e presidente do Banco Central no governo de Itamar Franco. Malan, Bacha, Arida e Fraga estão entre os criadores do Plano Real.
Ao destacar que “já tinha declarado que não voltaria em Bolsonaro”, Edmar Bacha avalia que “será uma campanha muito acirrada, e o objetivo da nota conjunta foi dar força para Lula e tirar força do Bolsonaro, diante da ameaça às instituições democráticas que ele representa”. Bacha já vinha fazendo críticas ao governo Bolsonaro em razão dos ataques às instituições.
Bacha ressalta, ainda, que a gestão do governo Bolsonaro na economia foi uma “decepção total”. “Estamos declarando voto, esperando o melhor, sem mais por enquanto”, declarou.