O governo Trump cometeu nova provocação contra a Coreia Popular, sobrevoando o sul da península coreana com dois bombardeiros estratégicos B-1B e disparando mísseis ar-terra na terça-feira (10), data de fundação do Partido do Trabalho da Coreia (PTC) há 72 anos, partido que governa o país e encabeçou a revolução, a resistência à agressão ianque e a construção do socialismo.
Os B-1B decolaram da base de Guam no Pacífico e ao entrarem no espaço aéreo de Seul passaram a ser escoltados por dois F-15 sul-coreanos. A provocação ocorreu ainda nas águas da costa leste da Coreia do Sul, e depois nas águas entre a Coreia do Sul e a China. Depois, os dois B-1B se juntaram a caças do Japão – país que manteve a Coreia como colônia por 35 anos.
No mesmo dia, Trump se reuniu com altos mandos do Pentágono para mais ameaças. Pyongyang já advertiu que poderá abater bombardeios estratégicos americanos e classificou o discurso de Trump na ONU de “declaração de guerra”.
Rússia e China vêm insistindo no chamado “duplo congelamento”, com Pyongyang suspendendo testes de mísseis e nucleares, e Washington sustando as manobras de guerra em larga escala que ensaiam uma invasão do norte. Até hoje os EUA se recusam a assinar um tratado de paz na Coreia, e as ameaças forçaram Pyongyang a constituir uma força nuclear de dissuasão, para evitar o destino da Líbia e do Iraque, e já detém capacidade termonuclear (bomba H).
Segundo as agências de notícias, o ex-presidente Jimmy Carter, que negociou o acordo de 1994, que Washington rasgou, se ofereceu para ir a Pyongyang. Em Seul, um deputado do partido governista, Rhee Cheol Hee, revelou que os 235 gigabytes de documentos militares hackeados no ano passado do Centro de Dados Integrados de Defesa da Coreia do Sul incluíam os planos operacionais de guerra dos EUA e da Coréia do Sul e um plano para decapitar [assassinar] a liderança norte-coreana.