“Sírio é quem nasce na Síria”, rebateu Flávio Dino. “Nada conhece da fé cristã e nunca leu a Bíblia”, escreveu o ex-governador. Arquidiocese de Belém protestou contra uso político do evento e o povo vaiou a tentativa de manipulação do ato religioso
A presença de Jair Bolsonaro em Belém, neste sábado, durante a Círio de Nazaré, maior festa religiosa da região, causou um grande mal-estar entre os paraenses. Primeiramente porque ele, como um falso religioso que é, demonstrou desconhecimento até mesmo do significado da palavra “Círio”.
Escreveu Sírio de Nazaré, ao invés de Círio de Nazaré.” Em rede social, Bolsonaro compartilhou uma foto para mostrar a seus seguidores que estava em Belém, com a legenda “Sírio” de Nazaré. A foto do post foi apagada e republicada sem o erro de grafia (foto abaixo).
O termo Círio vem da palavra “cereus”, que significa vela grande de cera, a principal oferta dos fiéis nas procissões em Portugal. Com o tempo, passou a ser sinônimo da procissão de Nazaré, em Belém, e de muitas outras do interior do Pará. Bolsonaro confundiu com Sírio, quem nasce na Síria.
O ex-governador, e agora senador eleito pelo Maranhão, Flávio Dino (PSB), criticou o desconhecimento religiosos revelado por Bolsonaro. “Falso cristão, Bolsonaro erra o nome do Círio de Nazaré e vira alvo nas redes”, disse Flávio Dino. “Sírio é quem nasce na Síria. É Círio de Nazaré. É que digo: é um falso religioso, que nada conhece da fé cristã e nunca leu a Bíblia”, escreveu o ex-governador.
O prefeito da cidade, Edmilson Rodrigues (PSOL), disse, em entrevista do UOL, que Bolsonaro ameaçou a “paz social e a tradição do Círio.” “Recebi com profundíssima indignação a tentativa do uso político da maior demonstração de fé do povo paraense. “A fé não pode ser sequestrada por uma candidatura à Presidência. Aliás, de um candidato que sequer é católico”, afirmou o prefeito, apesar de Bolsonaro se declarar católico. Após os protestos da igreja, Bolsonaro ficou isolado e não discursou, como pretendia. Ele estava acompanhado de deputados bolsonaristas.
Outro fato, denunciado, inclusive, pelo ex-presidente Lula, é o uso abusivo e ilegal da máquina pública para benefício próprio. Bolsonaro usou um navio da Marinha, a Corveta Garnier Sampaio, para acompanhar a romaria fluvial de Belém. Lula disse que, “desde o Marechal Deodoro da Fonseca, em 1889, até agora, nunca se viu um uso tão abusivo da máquina pública numa campanha eleitoral como estamos vendo agora.”
O governador do Pará, Helder Barbalho, o governador mais bem votado do Brasil, já havia alertado na sexta-feira (7), em entrevista à Globonews, que não gostaria que ocorresse com o Círio de Nazaré, o que ocorreu com a festa do Sete de Setembro, onde Bolsonaro sequestrou a festa cívica do país para fazer campanha eleitoreira. Tanto foi criminosa a atitude de Bolsonaro que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu que ele usasse as imagens do evento em sua campanha de televisão.
A Arquidiocese de Belém, no Pará, também mostrou preocupação com a manipulação da festa religiosa. Ela divulgou na noite dessa sexta-feira (7) uma nota oficial assinada pelo arcebispo Dom Alberto Taveira Corrêa, na qual afirma não ter feito convite ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição nas eleições deste ano, para participar do evento católico Círio de Nazaré.
“Tomamos conhecimento da presença do senhor Presidente da República, Jair Bolsonaro, na Corveta da Marinha Garnier Sampaio durante a Romaria Fluvial”, inicia nota da Arquidiocese de Belém, assinada por Dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo metropolitano de Belém. “Comunicamos não ter havido nenhum convite da parte da Arquidiocese de Belém, nem da Diretoria da Festa de Nazaré, a qualquer autoridade seja em nível municipal, estadual ou federal”, completa.
MULTIDÃO VAIA E GRITA FORA BOLSONARO!
A arquidiocese finaliza afirmando que não veda a participação popular, mas que não permite utilização do evento para “caráter político”. “Temos o dever de observar a plena liberdade de qualquer cidadão ou cidadã de participar dos eventos do Círio de Nazaré. Todavia, não desejamos e nem permitimos qualquer utilização de caráter político ou partidário das atividades do Círio”, conclui o documento da arquidiocese.
Veja a nota da Arquidiocese de Belém
a cavalgadura(bolsonaro) confundiu Círio de Nazaré(evento religioso do Estado do Pará), com pão “sírio”, pão típico do Mediterrâneo e regiões vizinhas.
Trocar algumas letras não e é nenhuma blasfêmia . Entregar o povo brasileiro para uma excreescência política agourenta será o que?
O sujeito não sabe diferenciar “círio” de “sírio” – e, pior, não sabe o que é o Círio de Nazaré, talvez a festa religiosa mais popular do Brasil. Em suma, um charlatão, que está mais longe do cristianismo do que Caifás e Poncio Pilatos. Mas você acha que foi apenas uma “troca de algumas letras”. Só falta ele confundir Jesus Cristo com Judas Iscariotes.
sou curioso pra saber que espécie de cristão vota em bolsonaro ??
Esse nosso presidente estudou onde mesmo? Em que época? Gostaria de saber!! Quando se tem duvida pesquisa!