A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) saiu em defesa do governador de Minas Gerais, o também petista Fernando Pimentel, que, segundo ela, está sofrendo “um cerco sistemático, composto por atos de sabotagem, boicote político e artimanhas judiciais”.
Segundo ela, o que ocorre com Pimentel – que tem a reeleição ameaçada pelo péssimo governo que está realizando no estado, é “o mesmo que fizeram contra o meu governo”.
Dilma quer garantir a sua vaga como candidata ao Senado por Minas. A chapa de Pimentel, composta principalmente pelo PT e pelo PMDB (que ocupa o cargo de vice-governador), não vê com bons olhos a candidatura da ex-presidenta.
Segundo os articuladores da reeleição do petista, o discurso do “golpe”, pode atrapalhar as negociações políticas.
O governo Pimentel está marcado pela sua desastrosa atuação nas mais diversas áreas.
Desde o calote nos salários dos servidores, até a tentativa de privatizar as estatais CODEMIG e COPASA, responsáveis pela extração do nióbio e gestão das águas no estado.
Pimentel leva consigo ainda a mancha causada pelo desabamento da barragem da Samarco, que matou 19 pessoas, e inundou de lama todo o Rio Doce, desde Mariana, até a sua foz no Espírito Santo. A maior tragédia ambiental da história do país.
ODEBRECHT
O petista foi denunciado em novembro de 2016 no âmbito da Operação Acrônimo, junto com mais cinco pessoas, pelo recebimento de propina de R$ 15 milhões da Odebrecht, em troca de favorecimento à empresa para a obtenção de financiamento no BNDES, entre 2011 e 2012. Naquela época, ele chefiava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Câmara de Comércio Exterior (Camex), e teria atuado para viabilizar as operações do BNDES — subordinado ao MDIC — com a empreiteira. A Odebrecht queria, e conseguiu, a liberação de financiamentos do banco para obras na Argentina e em Moçambique.