Lula participou de caminhadas em São Gonçalo e na Zona Oeste do Rio Janeiro, nesta quinta-feira (20), ao lado de Eduardo Paes (PSD), Rodrigo Neves (PDT) e Marcelo Freixo (PSB), e falou contra as políticas de armamento e de piora das condições de vida da população realizadas por Jair Bolsonaro.
Nas duas caminhadas ele arrastou pelas ruas multidões.
Durante a manhã, quando esteve em São Gonçalo, o ex-presidente falou contra a pressão que pastores bolsonaristas têm feito, usando fake news, para que fiéis não votem em Lula.
“Quem é da igreja evangélica tem que frequentar sua igreja e não permitir que o pastor minta”, falou Lula. Jair Bolsonaro e seus apoiadores falam que Lula irá fechar as igrejas, mesmo que tenha sido o ex-presidente quem sancionou a lei de liberdade religiosa.
Lula afirmou que como presidente vai “fazer mais universidades, fortalecer o Prouni, fortalecer o Fies”.
Os atos em São Gonçalo e na Zona Oeste do Rio de Janeiro foram realizados no formato de caminhada, e não de comício. Durante a manhã, Lula concedeu uma entrevista coletiva, abordando temas como o da liberação das armas.
“Agora não precisa mais se preocupar com tráfico de armas nas fronteiras porque os decretos do Bolsonaro liberaram armas para todo mundo. E quem está adquirindo armas não são as pessoas honestas nesse país, não são as pessoas de família, os trabalhadores desse país”, afirmou.
Segundo Lula, a política de Bolsonaro facilitou para o crime organizado, que hoje vai “livremente comprar armas. Pode comprar quantos fuzis quiser, quantas metralhadoras, quantas pistolas, e pode comprar milhares de cartuxos”.
O ex-presidente falou em “estabelecer um novo padrão de controle” de armamentos.
Na coletiva, afirmou que Bolsonaro acha “que o povo é gado” e que pode comprar seu voto com benefícios concedidos às vésperas das eleições.
“Ele inventou de dar crédito consignado pra quem já está devendo na expectativa de comprar a consciência do povo. Eles acham que o povo é gado e eles podem comprar. Tudo que for depositado na conta de vocês peguem e no dia 30 votem no 13”.
O Lula disse que vai manter o Auxílio no valor de R$ 600 e acrescentar R$ 150 para cada filho da família. No Orçamento para 2023, produzido pelo governo, Bolsonaro não prevê R$ 600, mas R$ 400.
Lula afirmou que o combate à exploração sexual infantil será prioridade de seu novo governo. “A gente vai acabar, de uma vez por todas, com a exploração sexual de menores nesse país”, declarou.
Lula voltou a se comprometer com a retomada do Minha Casa Minha Vida e a regulação da lei que vai garantir igualdade salarial entre homens e mulheres que exerçam a mesma atividade e tenham a mesma qualificação. “A gente vai fazer um esforço muito grande para gerar empregos decentes para homens e mulheres nesse país. Segundo, a gente vai acabar com a fome nesse país porque todo mundo tem que ter o direito de tomar café, almoçar e jantar todo santo dia”, assinalou o ex-presidente.
Na conversa com jornalistas, o ex-presidente reafirmou gerar emprego é sua obsessão.
Se eleito, ele disse que terá como foco a geração imediata de empregos e o estímulo à construção civil, por meio da retomada de obras do PAC. Segundo o ex-presidente, são cerca de 13,4 mil obras que já têm projetos e licença ambiental e que, portanto, estão aptas a serem executadas com rapidez.
“Vamos retomar com certa urgência porque é o trabalho que dá dignidade às pessoas. Trabalhar e, com o salário, levar comida para sua família”, afirmou ele, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, antes de seguir para caminhada em São Gonçalo (RJ), na região metropolitana da cidade maravilhosa.