O pré-candidato do PMDB à presidência da República, Henrique Meirelles, fez um rápido roteiro pelo Rio Grande do Sul, no final de semana, onde diferentes lideranças do partido já disseram publicamente que lhe falta história na legenda para conduzir uma candidatura ao posto máximo do país. Ele se filiou em abril passado.
Meireles não empolga a maioria do PMDB gaúcho, que também teme a associação do nome do ex-ministro da Fazenda com o governo Michel Temer. Os altos índices de impopularidade do governo e o enfraquecimento da economia desanimam os caciques locais.
“É uma piada um tanto de mau gosto, é verdade, mas é aquela história. Por que não dá para levar o jegue para o coral? Porque o jegue não canta!”, comparou um deputado, em alusão à falta de carisma e aos baixos índices registrados por Meirelles nas sondagens eleitorais.
“Precisamos de um candidato forte de centro. Os eleitores querem, estão aí as pesquisas. Mas é difícil, não aparece ninguém”, completou outro parlamentar.
Ciceroneado pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) e pelo vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Darcísio Perondi, Meirelles chegou a Porto Alegre na sexta-feira (15) à noite e fez uma reunião com dirigentes do PMDB gaúcho. No sábado, participou do 2º Congresso Estadual do PMDB Mulher. Lideranças do partido denominaram a viagem como uma “agenda para cumprir carnê”, segundo o jornal “Correio do Povo”.
Meirelles foi ministro da Fazenda de Temer e presidente do Banco Central nos dois governos de Lula, que também defendeu que Dilma o nomeasse ministro da Fazenda ou Planejamento.