
A campanha de Lula denunciou que a política armamentista de Jair Bolsonaro “aumentou o assassinato de mulheres, crianças e adolescente” e favoreceu o tráfico e a milícia.
Para o programa, “a apologia da arma não leva ninguém a lugar nenhum. A arma não educa, a arma mata!”. No próximo domingo, o eleitor poderá escolher “ver na televisão um menino lendo um livro ou com uma metralhadora na mão”, disse.
“A mesma arma que Bolsonaro diz que é para proteger as famílias fez aumentar o assassinato de mulheres, crianças e adolescentes. A mesma arma que Bolsonaro diz que é para afastar os bandidos aumentou o arsenal do tráfico e da milícia”, aponta a propaganda eleitoral.
“A mesma arma que Bolsonaro diz que é para proteger o patrimônio é a que fez o aliado dele, Roberto Jefferson, tentar matar policiais federais”, continua.
Ainda que Bolsonaro agora finja que não, Roberto Jefferson já falou diversas vezes que é amigo pessoal e aliado de Jair Bolsonaro, com quem se reuniu diversas vezes no gabinete presidencial.
Depois de ameaçar e xingar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Jefferson jogou três granadas e deu mais de 50 tiros de fuzil contra agentes da Polícia Federal.
A propaganda de Lula ainda exibe a fala do Papa Francisco, na quarta-feira (26), dizendo que reza para que Nossa Senhora Aparecida “proteja e cuide do povo brasileiro, que o liberte do ódio, da intolerância e da violência”.
BOLSONARO FAVORECEU O TRÁFICO
Desde que assumiu a Presidência, Jair Bolsonaro passou a editar decretos que facilitam o acesso da população à armas e munições. Os CACs (Colecionador, Atirador e Caçador) têm comprado, legalmente, armas que caem nas mãos do crime organizado.
No sábado (22), a Polícia Federal realizou operações e prendeu quatro pessoas que estavam usando o registro de CAC para comprar armas e vendê-las ilegalmente. Na semana anterior, foram apreendidos quatro fuzis passados para o crime dessa maneira.
Um levantamento feito pelos Institutos Igarapé e Sou da Paz mostra que 673 mil brasileiros têm o registro CAC, ao passo que o grupo já é dono de mais de um milhão de armas. Desde 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, o número de registros subiu 474% e o de armas aumentou 287%.