
O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que as operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em ônibus que transportam, gratuitamente, eleitores para o interior foram interrompidas.
Desde a manhã, diversas denúncias de operações da PRF em ônibus com eleitores passaram a circular nas redes sociais. A maior parte das operações foram em Estados do Nordeste, como Paraíba, Bahia e Pernambuco.
O TSE proibiu que a PRF realizasse operações em ônibus de transporte gratuito de eleitores, mas o diretor-geral Silvinei Vasques ignorou a decisão e ordenou que mais de 500 blitz fossem feitas.
Em pronunciamento, Alexandre de Moraes disse que os eleitores que tiveram suas viagens interrompidas conseguiram chegar aos locais de votação e o único prejuízo pode ter sido o atraso.
“Em nenhum caso [a operação da PRF] impediu os eleitores de chegarem em suas seções eleitorais. Nenhum ônibus voltou para a origem, todos foram para a seção eleitoral e votaram”, disse. O presidente do TSE informou que o horário de votação não será estendido.
Alexandre de Moraes e Silvinei Vasques se reuniram ainda no domingo (30) para discutir a questão. Ficou acordado que as operações da PRF deveriam cessar imediatamente.
No sábado, Silvinei Vasques fez uma publicação em suas redes sociais pedindo voto para Jair Bolsonaro.
Segundo Andréia Sadi, do G1, Jair Bolsonaro usou seu ministro da Justiça, Anderson Torres, para organizar o esquema de blitz da PRF no dia das eleições. A PRF é ligada ao Ministério da Justiça.
METRÔ BH
Na coletiva, Alexandre de Moraes falou que o problema em Belo Horizonte, onde a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) cobrou passagem mesmo com determinação para passe livre, foi resolvido antes do meio-dia.
No pronunciamento, Moraes detalhou o trabalho do TSE para combater a disseminação de fake news durante as eleições. Entre outras medidas, 15 perfis de grandes propagadores de fake news foram suspensos e 5 grupos de Telegram, com 580 mil participantes, foram banidos.
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