
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), será o coordenador da equipe de transição para o novo governo que funcionará nos próximos dois meses.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fez o anúncio nesta terça-feira (1º) em São Paulo depois de reunião com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de outros coordenadores da campanha.
O grupo deverá se instalar na sede do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília.
Também estarão na coordenação a própria Gleisi e Aloizio Mercadante, que coordenou o programa de governo de Lula.
O vice eleito foi escolhido em especial por seu perfil de centro. Alckmin é um aliado recente de Lula. A aproximação de ambos foi ao longo de 2021, intermediada por Fernando Haddad (PT), Márcio França (PSB) e Gabriel Chalita.
Segundo Gleisi, o vice-presidente eleito, que também conta com a experiência de ex-governador de São Paulo, tem legitimidade para coordenar a equipe de transição.
Além disso, o ex-tucano tem a imagem e o perfil do governo de conciliação que o grupo quer formar, já que Lula foi eleito com uma campanha ampla que contou com o apoio dos ex-candidatos Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT), entre outras lideranças históricas, inclusive do PSDB.
“A gente já mostrou isso [intenção de formar um grupo pluripartidário] durante a campanha, quando a gente fez essa frente ampla. Ele é o vice-presidente eleito, tem mais do que legitimidade para isso”, disse Gleisi.
O grupo deverá ter 50 pessoas, entre políticos, técnicos e servidores. As reuniões com a gestão Bolsonaro já devem começar na próxima quinta-feira (3), pois os integrantes da coalizão vitoriosa pretendem acelerar o processo de transição para evitar qualquer problema por parte de Jair Bolsonaro (PL).
A presidente do PT reforçou ainda que os nomes indicados não serão necessariamente ministros do novo governo, assunto a ser decidido para quando Lula voltar de uma viagem de lua de mel à Bahia nesta semana.
“Quem participa dessa comissão de transição não quer dizer que vai ser ministro. Não há definição para ministério, o presidente Lula não entrou nesse assunto. Não há essa urgência”, disse Gleisi.