Fazendo balbúrdia desde a derrota nas urnas, no último dia 30, bolsonaristas tentaram convocar uma greve para essa segunda-feira (7), mas não conseguiram apoio algum. Entre as lideranças que negaram a possibilidade de paralisações ou greve geral estão os caminhoneiros. A categoria denuncia que os atos estão sendo convocados por empresas, o chamado Lockout, o que é proibido pela legislação.
Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), afirma que vídeos antigos sobre as manifestações de 7 de Setembro voltaram a circular para tentar confundir propositalmente as pessoas sobre uma nova manifestação nesta segunda (7) e que pode acabar por mobilizar aqueles que ainda não aceitaram a vontade do povo, expressa nas urnas. “São vídeos antigos, mas qualquer motivo é suficiente para inflamar uma minoria que não aceitou o resultado da eleição”, disse.
Wallace Landim, o Chorão, afirma que não há qualquer organização de grupos ligados a caminhoneiros. “O que estamos vendo é um risco de locaute […] são atos organizados junto a empresas nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso” e que “90% dos caminhões de empresas que aparecem nos vídeos são ligados ao agro”, disse Chorão em reportagem da FolhaPress.
Ele diz ainda que empresários, políticos e outros apoiadores de Bolsonaro estão usando “o nome do movimento dos caminhoneiros, por causa da força que a gente tem, para promover atos antidemocráticos”, comentou.