
O Exército Brasileiro pediu ao Governo do Distrito Federal (GDF) ajuda para “manter a ordem” na área em frente ao Quartel General (QG) em Brasília.
Após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro (PL), seus apoiadores ocuparam a praça localizada em frente ao QG do Exército, transformando o local em uma espécie de acampamento para fazer pressão por um golpe de Estado.
Os bolsonaristas instalaram barracas onde funcionam cozinhas, equipamentos de som, tendas com cadeiras e até uma capela improvisada. Ao redor, ficam estacionados ônibus, caminhões e trailers. Em volta do acampamento, também circulam vendedores ambulantes.
Em ofícios enviados a órgãos do GDF, o Comando Militar do Planalto solicitou ao governo Ibaneis Rocha (MDB) o envio de ambulâncias dos Bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), além de funcionários do serviço de limpeza para “manutenção” e “recolhimento de lixo”.
Os militares querem ainda a “aplicação de multas e reboques de veículos”, o “policiamento ostensivo, com efetivos e viaturas para coibição de delitos e crimes” e o controle de ambulantes e barracas.
Um ofício, classificado como “urgentíssimo”, foi enviado à Secretaria de Segurança Pública pelo chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Planalto, coronel Fabiano Augusto Cunha da Silva, no dia 4 de novembro.
O Exército pediu à SSP que, “se possível”, não autorize mais que automóveis equipados com aparelhos de som entrem no local.
“Em virtude de manifestações e aglomeração de pessoas em grande escala, ocorridas nos últimos dias e sem previsão de término, solicito à Secretaria de Segurança Pública verificar a possibilidade de não autorizar a entrada de ‘trio elétrico’ no Setor Militar Urbano”, diz trecho.
O coronel afirma que “as manifestações estão ocorrendo de forma ininterrupta”, informa ainda que uma das vias foi fechada para o estacionamento de caminhões e solicitou ao GDF apoio para controle de ambulantes e barracas de ocupantes, considerados ilegais no setor.
Segundo o portal Metrópoles, o secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo, declarou que a pasta tem atuado no local desde a última semana, em conjunto com outros órgãos, para retirar estruturas irregulares de área pública. “Vamos nos reunir com o Comando Militar do Planalto para definir como seguiremos com as ações”, afirmou.