O senador eleito e ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), afirmou que “esse ano de 2022 foi um ano de desvario fiscal e ninguém ficou nervoso, aprovaram quatro PECs para furar o teto” de gastos.
O ex-governador se refere às dezenas de bilhões gastos pelo governo Bolsonaro para tentar se reeleger com medidas eleitoreiras.
“O teto de gastos já não vem sendo cumprido há três anos. Esse ano de 2022 foi um ano de desvario fiscal e ninguém ficou nervoso, aprovaram quatro PECs para furar o teto. O conjunto de irresponsabilidades eleitoreiras que foram feitas e todo mundo aceitou… Agora, em 48h, quer se impor que o teto de gastos seja cumprido?”, questionou o senador eleito criticando o alarido do “mercado” diante das falas de Lula.
O ex-governador disse em entrevista à CNN que “é preciso ter calma, prudência e moderação. A transição ainda está em andamento, a equipe está discutindo. Posso garantir a todos, Lula e Alckmin são pessoas experientes e é claro que terão ponderação”.
Em discurso, Lula questionou “por que as pessoas são levadas a sofrer por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal no país?”.
Para Flávio Dino, sob o governo Bolsonaro, “o que nós temos hoje no Brasil é tudo fake, falso, artificial”. “Há quantos anos o teto de gastos não é cumprido?”, continuou.
Após a reação do “mercado” com sua manifestação, em que defendeu combater a miséria, a fome e o crescimento do país, Lula comentou que “o mercado fica nervoso à toa”.
“Não vi o mercado tão sensível como o nosso. É engraçado que esse mercado não ficou nervoso durante quatro anos [do governo] Bolsonaro”, completou o presidente, ao ser questionado por jornalistas após sair de reunião com parlamentares aliados na sede da equipe de transição, em Brasília.