O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, viaja nesta segunda-feira (14) para a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP27) e fará um pronunciamento em um espaço diplomático do evento.
O futuro presidente também terá encontros com representantes da China e da Alemanha, além do presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sisi, e de John Kerry, enviado da Presidência dos EUA para as questões climáticas.
Lula deverá se reunir com o secretário-geral da ONU, António Guterres. Segundo o jornal O Globo, o presidente eleito vai anunciar a candidatura do Brasil para sediar a COP30, que será realizada em 2025. Existe a expectativa de que Lula anuncie o futuro ministro do Meio Ambiente durante a viagem internacional.
A fala de Lula na COP27 vai acontecer na mesa “Carta da Amazônia – uma agenda comum para a transição climática”, que conta com a participação dos governadores do Amapá, Waldez Góes (PDT), do Acre, Gladson Cameli (PP), do Mato Grosso, Mauro Mendes (UB), de Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), e de Roraima, Marcos Rocha (UB).
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), também vai participar do debate e o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).
Na quinta-feira (17), Lula confirmou uma reunião com o Fórum Internacional dos Povos Indígenas e o Fórum dos Povos sobre Mudança Climática.
Lula participará do evento depois de quatro anos de descaso por parte do governo Bolsonaro na questão ambiental. Desde a COP25, realizada em 2019, a presença e participação de enviados do governo Bolsonaro era vista com desconfiança pelos demais países.
O governo Bolsonaro será representado no evento pelo embaixador Paulino Franco de Carvalho Neto, que já está no Egito.
Depois de um ano, o governo não tem dados positivos para apresentar em relação às promessas que fez sobre o combate ao desmatamento e às queimadas.
Em outubro, segundo dados preliminares de satélite do governo coletados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram desmatados 903,86 km² na região amazônica, o maior nível para o mês desde que o rastreamento começou em 2015.