O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, que coordena a equipe de transição do governo Lula, anunciou nesta quarta-feira (16) novos nomes para compor os diversos grupos temáticos. Na lista apresentada por Alckmin, compondo o grupo técnico da área do Trabalho, estão os presidentes das quatro principais centrais sindicais, como Sergio Nobre, da CUT; Adilson Araújo, da CTB; Miguel Torres, da Força Sindical, e Ricardo Patah, da UGT.
Para Nivaldo Santana, secretário de Relações Internacionais da CTB, é muito importante que, logo após a eleição, Lula esteja se empenhando em trabalhar junto ao Congresso Nacional “duas matérias que estavam no topo da agenda da classe trabalhadora – a política de valorização do salário mínimo e a garantia de renda básica, no caso o novo Bolso-Família de R$ 600,00 -, mas que “a demanda dos trabalhadores é maior”.
“As centrais lutam por um novo projeto nacional de desenvolvimento, com papel protagonista do Estado, que priorize a geração de empregos de qualidade, valorização salarial e combate à precarização do Trabalho”, diz o sindicalista.
Para o vice-presidente da CUT, Vagner Freitas, a presença dos representantes das Centrais na equipe de transição é muito importante para a construção de um governo “que leve em consideração o valor do trabalho em posição superior ao valor do mercado”.
Os sindicalistas citam a agenda da Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora), realizada pelas Centrais Sindicais em abril, que pautou questões como a defesa do emprego e dos direitos, um amplo programa de proteção social, trabalhista e previdenciária, luta contra a fome e a carestia e pelo fortalecimento do movimento sindical, “como premissa para que os trabalhadores tenham voz e vez no novo governo”.
“A agenda da Conclat é um importante subsídio que deve ser levada em consideração. Um país democrático, soberano e socialmente justo precisa valorizar o trabalho e restaurar em sua plenitude o papel de representação e negociação dos sindicatos”, complementa Nivaldo Santana.