“Agora é um bom momento para unir todos nós novamente”, disse o atacante Raphinha, antes de se apresentar à Seleção Brasileira
Em uma declaração ao portal do Barcelona, o atacante convocado pela Seleção Brasileira, Raphinha, afirmou que a Copa do Mundo é um bom momento para unir o povo brasileiro novamente. É a primeira vez do atacante em uma Copa e ele relembrou de momentos em que os brasileiros festejavam no maior evento esportivo do mundo.
“Não me lembro muito da Copa do Mundo de 2002 porque eu era muito criança. Mas foi uma sensação incrível e indescritível. Todo o povo brasileiro se abraçou e se uniu. Agora é um bom momento para unir todos nós novamente”, disse em entrevista ao site do clube espanhol na última segunda-feira (14).
O jogador falou também sobre a ansiedade de disputar uma Copa do Mundo. “Estou pronto para a Copa do Mundo e estou trabalhando duro para chegar lá da melhor maneira possível, tanto física quanto mentalmente. A cobrança da torcida é normal porque somos um time de qualidade, com grandes nomes”, continuou.
Raphinha tem razão quando diz que a Copa do Mundo é um bom momento para unir o povo brasileiro novamente. Não é a primeira vez que o país irá disputar uma Copa do Mundo em meio à efervescência política. Lembramos aqui de 1970 no México, quando a ditadura aumentava a repressão e a perseguição política contra os que lutavam pela democracia.
Médici usou a Copa de 70 para tentar limpar a imagem da ditadura, das atrocidades e dos ataques à democracia, além de buscar se apropriar da Seleção, tal qual Bolsonaro (PL) tentou se apropriar da bandeira do Brasil nos dias de hoje.
Mas não teve jeito, era uma Seleção com a cara do povo Brasileiro, a mais encantadora de todos os tempos, que jogava com alegria e habilidade, que trouxe do México o primeiro Tricampeonato de uma Seleção que ficou na história das copas, depois uma vitória de 4×1 sobre a Itália, que ainda deu ao Brasil o status de país do Futebol. Pelé, Tostão, Jairzinho e companhia fizeram sorrir de norte a sul deste país.
Depois do show de 1970, outro momento importante que une a história do país com o futebol canarinho foi a Copa de 1982 na Espanha. Diferente de 70, em 1982 a ditadura estava caminhando para o fim. O povo voltava às urnas para eleger governadores depois de 18 anos. A vitória do PMDB em nove Estados, incluindo São Paulo e Minas Gerais, e do PDT, no Rio de Janeiro ,abalou a ditadura, abriu espaço para o Movimento das Diretas e a história que nós já sabemos.
Pouco tempo antes das eleições, o Brasil se unia para ver a Seleção que encantou, mas não venceu… Um pecado! Era a Seleção da Democracia, com Reinaldo, Zico, Sócrates, treinada pelo mestre Telê Santana, que jogava bonito e convencia. Perdemos para a Itália, que ganhou a Copa por 3 a 2. Se sorrimos contra a Itália num ano difícil para o Brasil como foi em 70, os Italianos nos fizeram chorar, num ano de alegria para a vida política brasileira, que crescia em todo o país.
O Brasil só conquistou outra Copa em 1994, ano da morte de Ayrton Senna, que foi, durante anos, o motivo da reunião de brasileiros para assistir às corridas de Fórmula 1. Senna carregava nossa bandeira com orgulho.
A vitória nos pênaltis, também sobre a Itália, garantiu o alívio e o consolo de quem estava há 24 anos sem ganhar uma Copa do Mundo e tinha acabado de perder um ídolo.
Assim também caminhou o país para conquistar o Penta em 2002, onde, como já disse Raphinha: “fez todo o povo brasileiro se unir e se abraçar”
UM NOVO MOMENTO PARA SORRIR
Nesses últimos quatro anos, o povo brasileiro foi submetido à fome, ao desemprego e à miséria. Milhares de pessoas morreram nas filas dos hospitais ou em suas casas por falta de oxigênio durante a pandemia da Covid-19. Bolsonaro, com seu sentimento anti-nacional e anti-povo, se esforçou para dividir a nação e roubar os símbolos nacionais para si. Mas, afinal, que presidente, minimamente patriota, agiria para colocar o próprio povo um contra o outro? Pois bem, o Bolsonaro fez isso!
A primeira resposta frente ao negacionismo e ao autoritarismo já foi dada. O povo foi às urnas e não teremos mais quatro anos daquele que já é considerado o pior governo da história do nosso país. Nossa missão, agora, será a de reconstruir e reunificar o Brasil.
O futebol é uma marca da nossa cultura e da essência do que é ser brasileiro. É capaz de unir gerações e mexer com a emoção de quem acompanha. E a Copa do Mundo tem o potencial de mobilizar o país inteiro, sem rivalidade, sem diferenças, com todo mundo torcendo pela mesma seleção.
É comum nesta época ver como o país se comporta, de norte a sul, com as ruas enfeitadas, pintadas, animadas, com as casas sintonizadas cheias de famílias, vizinhos, amigos entoando uma só voz pelo Brasil. Não é a toa que somos a seleção com mais títulos em Copas do Mundo, o país do futebol.
Como não acreditar em um país e um povo que com todas as suas dificuldades gerou Pelé, Garrincha, Sócrates, Romário, Ronaldo, Zico. Além de Marta (Rainha do Futebol Feminino), Falcão (Rei do Futsal), Amanda Lyssa (Rainha do Futsal), Ayrton Senna, Rebeca Andrade (Melhor Ginasta do Mundo), a fadinha Rayssa Leal (Melhor Skatista do Mundo), Ana Marcela (Melhor nadadora em águas aberta do Mundo), entre outros tantos que representam as cores verde e amarela.
O Brasil é a potência que é pelo seu povo. Está na hora de juntar a família e os amigos, pintar as ruas de verde e amarelo, reunificar o Brasil e torcer pelo Hexa. Sem Bolsonaro, é hora do povo voltar a sorrir.
CAIO GUILHERME
TIAGO CESAR
HP Parabéns pela matéria
Bem informativa de fácil leitura e agradável para vários públicos
Continuem o ótimo trabalho.
Obrigado, leitora. Vamos nos esforçar para corresponder às expectativas.