“Eu já governei esse país duas vezes, e foi exatamente no meu mandato que o Brasil teve o maior crescimento que esse país já teve em 30 anos”, afirmou o presidente eleito
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou nesta sexta-feira (2), em coletiva no Centro Cultural Banco do Brasil, ao ser perguntado sobre quem assumiria a área econômica de seu governo, que o nome que irá assumir a pasta “será alguém com a cara do sucesso” registrado ao longo de seus mandatos.
“Eu já governei esse país duas vezes, e foi exatamente no meu mandato que o Brasil teve o maior crescimento que esse país já teve em 30 anos. As pessoas esquecem que nós fizemos esse país virar a sexta economia mundial. As pessoas se esquecem que nós fizemos um acúmulo de reservas de US$ 370 bilhões”, disse Lula.
Ele lembrou que teve superávit em todo o período de governo e que reduziu a dívida pública interna de 60,5% do PIB para 37%. “Nós tínhamos 12% de desemprego e criamos 22 milhões de empregos, o salário mínimo não recebia aumento real e nós aumentamos em 74%, destacou o presidente.
Ele disse também que “há um século e meio se tentava fazer a transposição do Rio São Francisco e nós a fizemos”. “Ou seja”, prosseguiu Lula, “o meu ministro da Economia será essa cara do sucesso do meu primeiro mandato”, afirmou.
“Obviamente, que o ministério tem autonomia, tem um monte de coisa, mas quem ganhou as eleições fui eu, e eu, obviamente, quero ter inserção nas decisões políticas e econômicas desse país”, completou.
“Obviamente, que eu não entendo tanto de economia, o que eu aprendi foi no mundo sindical, foi aqui na Presidência. Eu sei o que é bom e o que é ruim, sei o que é bom para o povo, sei o que é bom para o mercado”, afirmou. Lula afirmou que vai retomar a política de valorização do salário mínimo. “Vamos aumentar o salário junto com o crescimento do país. Não há vantagem nenhuma no PIB crescer 10% e a população não se beneficiar disso”, disse o novo presidente.
“As pessoas têm que saber que eu ganhei as eleições para governar para o povo mais humilde, essa é a minha missão”, ressaltou Lula. O presidente eleito disse, ainda, que a base ministerial do seu terceiro mandato será semelhante ao montado por ele durante seu segundo mandato à frente do Executivo Federal, acrescida da pasta dos Povos Originários.
Perguntado sobre as negociações em torno da PEC da Transição, Lula afirmou que “a PEC da Transição não é do Lula. Ela é uma proposta de todo o país”. “Estamos corrigindo os erros cometidos pelo atual governo que não previu os gastos para o ano que vem”, acrescentou o presidente eleito.
“A base dos meus ministérios será a base dos ministérios que eu tinha no meu segundo mandato, com uma coisa acrescida, que é o Ministério dos Povos Originários, que eu não sei se vai ser de cara um ministério ou uma secretaria especial ligada à Presidência da República. Nós ainda vamos discutir. Vamos ter Ministério da Indústria e Comércio, Ministério do Desenvolvimento, da Pesca, da Mulher, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos. Tudo que a gente tinha e mais o Ministério dos Povos Originários”, assegurou