O novo ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira, declarou que sua tarefa será trazer o Brasil novamente para o cenário internacional.
“Política externa é um instrumento da afirmação internacional do país e de defesa da soberania, da presença no mundo. O Brasil esteve ausente do mundo e dos grandes centros de decisão nos últimos anos. Todas as medidas que se tomam são importantes nesse sentido, de trazer de volta o Brasil para o cenário internacional”, disse o novo chanceler brasileiro ao jornal O Estado de S. Paulo.
Vieira foi anunciado na sexta-feira (9) para ocupar o Itamaraty pelo presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
A fala do embaixador se contrapõe à política externa isolacionista aplicada pelo governo Jair Bolsonaro nos últimos anos. Nesse período, diplomatas mais experientes foram deixados de lado, assim como a agenda do multilateralismo, termo que chegou a ser vetado em documentos e discursos diplomáticos.
Mauro Vieira já dirigiu o Itamaraty durante o segundo governo Dilma Rousseff (PT), entre 2015 e 2016 – deixou o cargo após o processo de impeachment dela.
Atualmente, estava na chefia a Embaixada do Brasil em Zagreb, capital da Croácia.
Foi embaixador do Brasil na Argentina entre 2004 e 2010; embaixador do Brasil nos Estados Unidos entre 2010 e 2015; e representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) entre 2016 e 2020.
Entre 2003 e 2006, Vieira foi representante do Ministério das Relações Exteriores no Conselho de Administração da Itaipu Binacional.
O novo ministro também ocupou cargos de destaque no Itamaraty. Foi coordenador de Atos Internacionais; assessor do Secretário-Geral do Ministério; assistente do chefe do Departamento Cultural; assessor de ministro das Relações Exteriores; chefe de Gabinete do secretário-geral; e chefe de Gabinete do ministro das Relações Exteriores.
Mauro Vieira já trabalhou no Ministério da Ciência e Tecnologia, onde foi secretário-geral adjunto de Ciência e Tecnologia, e no Ministério da Previdência e Assistência Social, quando exerceu o cargo de Secretário Nacional da Administração do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).