Moradores de condomínio reagem a Bolsonaro como vizinho: “miliciano não é bem-vindo”

Foto: Divulgação - Facebook
Eles têm discutido fazer abaixo-assinado ou divulgar nota de repúdio ante a possibilidade de Bolsonaro se mudar para o condomínio depois que deixar a Presidência da República em 1º de janeiro 

Moradores do condomínio Ville de Montagne, em Brasília, onde o PL negocia alugar uma casa para Jair (PL) e Michelle Bolsonaro morarem após deixarem o Alvorada, estão organizando série de iniciativas para tentar impedir o presidente derrotado de se mudar para lá.

Esses moradores consideram Bolsonaro persona non grata — alguém não bem-vindo, ou a quem se fazem restrições —, e, portanto, estão mobilizados para que o novo provável vizinho não tenha sucesso em alugar a nova residência.    

Os moradores têm discutido fazer abaixo-assinado ou divulgar nota de repúdio à possibilidade de Bolsonaro se mudar para o condomínio, além de publicar em outdoor e fazer manifestação contra essa possibilidade.

Algumas possibilidades foram aventadas para o outdoor. São essas:

  • “Jair, não venha para o Jardim Botânico. Aqui amamos a natureza e o povo. Seu lugar é na Papuda.”
  • “Os Moradores do Jardim botânico respeitam a natureza e a vida. Jair aqui não.”
  • “Miliciano aqui não é bem-vindo”.

O PL ainda não assinou nenhum contrato de locação, mas Bolsonaro e Michelle já disseram ter gostado da casa. A informação sobre o condomínio foi publicada pelo jornalista Lauro Jardim, de O Globo.

PRÓS E CONTRAS

Os receios explicitados por moradores nos grupos de WhatsApp contrários à chegada de Bolsonaro vão do uso de armas no condomínio, sob a justificativa de que o discurso do presidente d República estimula isso, à desvalorização dos imóveis.

Há, porém, parte que apoia Bolsonaro e acredita que a chegada dele ao condomínio pode ajudar a reforçar a segurança do local e problemas cotidianos, como a constante falta de luz.

Pode ser, porém, que Bolsonaro não faça a mudança por outro motivo. O PL está sem dinheiro para pagar o aluguel, pois as contas da legenda estão bloqueadas pela Justiça. Ironia do destino? Não.

O partido e Bolsonaro teimam em não reconhecer o resultado da eleição presidencial — apenas o segundo turno — e, ainda, entraram na Justiça Eleitoral com ação, que foi indeferida por Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ainda foi aplicada multa ao PL, por litigância de má-fé, de R$ 22,9 milhões.

SALÁRIO E ASSESSORIA JURÍDICA

Além do aluguel do imóvel, o PL acertou com o mandatário que irá bancar as despesas dele a partir de 2023, quando deixará o Palácio do Planalto.

O presidente do partido, Valdemar Costa Neto, fez acordo com Bolsonaro para que ele assuma cargo no PL. Dessa forma, receberá salário todos os meses. O problema desse acerto é que Bolsonaro é preguiçoso. Trabalhar não é o forte do atual presidente da República.  

Também ficou acertado que a legenda vai bancar as despesas do aluguel de escritório em Brasília, além de advogados para defender Bolsonaro nos processos aos quais responde no Supremo Tribunal Federal (STF) e em outras instâncias.

M. V.

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Uma resposta

  1. bolsonaro e sua “princesa” vão querer tratamento “diferenciado” no condomínio, e qualquer morador que os incomode corre o risco de ser expulso pelo síndico a pedido do “casal”.

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